sábado, 30 de abril de 2011

“A inteligência superficial progride, mas , a cada dia, neste mundo, o número de pessoas possuidoras de verdadeira inteligência.”

atami 2 Talvez todos pensem que a época mais próspera da civilização mundial seja a época contemporânea. Entretanto, quando analisamos bem seu conteúdo, observamos que ela apresenta muitas falhas, como podemos constatar todos os dias através dos jornais, que estão repletos de artigos sobre criminosos e criaturas desventuradas. Analiando com justiça, verificamos que as coisas ruins são muito mais numerosas que que as coisas boas. Há pouco tempo, por exemplo, tivemos um caso de corrupção que se tornou um problema muito sério. Quando as autoridades começaram a investigar, o caso se diversificou a tal ponto, que nem podemos imaginar até onde se multiplicará. Portanto, ele também não seria uma pequena parte de um “iceberg”? Aliás, se investigarmos as coisas profundamente, quantas pessoas íntegras encontraremos no mundo político e econômico? Poderíamos arriscar-nos a dizer que nenhuma.

Pensando bem sobre o assunto, existe algo difícil de se ententer. Se as pessoas relacionadas ao caso em questão fossem camponeses de instrução primária, ainda seria compreensível. Mas todas elas são pessoas civilizadas, que recebebrm educação esmerada. Em geral, acredita-se que, quando as pessoas recebem educação apurada, sua mente se desenvolve e elas se tornam criaturas civilizadas, de modo que, asssim, os crimes tendem a diminuir. Entretanto, vendo fatos como que que ora se nos apresenta, ficamos desapontados. Por conseguinte, como eu disse no título deste artigo, a época em que vivemos é semicivilizada e semi-selvagem, e acho que, analisando a realidade que temos diante dos nossos olhos, ninguém conseguiria dizer o contrário.

Que devemos fazer então? A solução do problema não é absolutamente difícil; pelo contrário, é muito fácil. Como sempre tenho explicado, basta despertar as pessoas da educação materialista que receberam para a educação espiritualista. Em termos mais claros, destruir o pensamento errôneo de que se deve acreditar somente nas coisas que possuem forma e desacreditar daquelas que não a possuem. A única maneira de se conseguir isso é fazer com que seja reconhecida a existência de Deus através do poder da Religião.

Estendendo-se esse entendimento das classes dirigentes a tosas as pessoas, corrigir-se-á o conceito errado de que se pode cometer crimes, contando que eles não cheguem ao conhecimento de terceiros. Assim, não haverá mais criminosos e, consequentemente, formar-se-á um mundo onde impere o bem e a alegria. Parece, no entanto, que ninguém entende um princípio tão simples e claro como este, visto que só se procura controlar o mal por meio de fortes redes e prisões chamadas leis. Isso é tratar os homens como se fossem animais, não sendo à toa que o método não surte resultados positivos.

Ora, se não se consegue manter a disciplina da sociedade nem mesmo com as malhas da lei, torna-se necessário descobrir onde está a causa do problema. Mas ninguém a percebe. A sociedade contiúa sendo uma coletividade constituída de seres que são meio-homens e meio-animais. Por esse motrivo, está demasiado claro que já não é possível eliminar o caráter animalesco do homem através da educação materialista. O ensino ministrado até hoje, como se pode ver pelos seus resultados, não passa de uma técnica para encobrir esse caráter. Dessa maneira, não podemos sequer imaginar quando se edificará uma sociedade verdadeiramente civilizada. Portanto, para soluciona o problema, é fundamental eliminiar as características animalescas da alma do homem. Não há método mais eficiente. (…)

Alicerce do Paraíso, “A época semi-civilizada e semi-selvagem” 14/04/1954

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