segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sermão, JOHREI e felicidade

energia vitalO Johrei não visa curar doenças; é ante, um método de criar felicidade. Ele não pode ter como objetivo a cura de doenças, porque estas são formas de purificação; sua finalidade é eliminar as máculas do espírito. O resultado da erradicação dessas máculas é a extinção dos sofrimentos humanos. (…)

Portanto, a base da felicidade é a eliminação das máculas espirituais. O Johrei é o método mais simples e infalível para erradicá-las. É, pois, evidente que ele não visa à própria doença, e sim às suas causas.

Como já escrevi em outras oportunidades, o corpo material do homem vive no Mundo Material, e o espírito no Mundo Espiritual. Sendo assim, a situação do Mundo Espiritual influi sobre o espírito e se reflete sobre o corpo, de modo que o destino do homem se origina no Mundo Espiritual.

O Mundo Espiritual está dividido em três planos: Superior, Intermediário e Inferior. (…)

Suponhamos que um espírito se encontre no nível inferior do Plano Inferior; isto significa que ele se acha no fundo do Inferno. Como nesse local o sofrimento do espírito é muito intenso, há terrível reflexo sobre o corpo físico, que passa a ser espantosamente atormentado. No nível médio do Plano Inferior, o reflexo é menos danoso. Então o sofrimento se torna mais suave, mais tolerável. E assim por diante. Os padecimentos variam de acordo com a posição do espírito nas várias camadas do Mundo Espiritual. (…)

Acima do Plano Intermediário está o Plano Superior, o Reino dos Céus, onde se acham os anjos e onde se pode desfrutar uma vida de felicidade.

Como se vê, a posição em que se acha o espírito de uma pessoa reflete-se no seu destino. Por isso, devemos esforçar-nos para elevar o nosso nível espiritual, o que significa reduzir os nossos sofrimentos e, proporcionalmente, aumentar a nossa felicidade. Assim, não mais serão necessários os sofrimentos purificadores. É inútil apelar para a inteligência e envidar esforços enquanto o espírito estiver no Plano Inferior, porque esta é a Lei de Deus. E a Lei do Espírito Precede a Matéria também é inviolável.

Concluímos, portanto que, para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méritos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para alcançarmos a felicidade, e nisso reside o profundo significado do Johrei.

Meishu-Sama em 25/março/1952 – Extraído do livro “Alicerce do Paraíso” vol.1 (trechos)

domingo, 15 de abril de 2012

FUI SALVO

“Sinto-me profundamente grato! Depois de me ver curado de uma doença com sério risco de vida, passei a viver sob as bênçãos de Deus.”

minha casa_thumb[1]Hoje em dia, a crítica mais frequente em relação à nossa Igreja é que, tratando-se de uma entidade religiosa, não deveria empenhar-se na cura de doenças. Entretanto, se pensarmos bem, concluiremos que não há nada tão sem sentido como essa observação. Ela provém do pensamento limitado dos críticos, segundo os quais a Religião deve ocupar-se apenas da salvação do espírito, não lhe cabendo a salvação da matéria. Para eles, a cura de doenças é uma questão material, e por isso acham que ela não compete à Religião. Excluem das atribuições religiosas a salvação material, limitando a essência da Religião à parte espiritual. Logicamente, de acordo com o conceito dos críticos, a salvação espiritual, em síntese, consiste na renúncia. Não tendo o Poder da Salvação para eliminar o sofrimento e não encontrando outro recurso, as religiões, pelo menos, tentam diminuí-lo espiritualmente, através da renúncia. Essa é a maneira como muitas pessoas têm encarado a Religião até agora.

Não obstante, se a Religião excluir a matéria e preocupar-se unicamente com a salvação do espírito, ela não estará promovendo a verdadeira salvação, pois a crença na possibilidade da solução dos problemas materiais é que nos permitirá obter a verdadeira tranquilidade espiritual. quando sentimos fome, por exemplo, só podemos ficar tranquilos se tivermos certeza de que alguém nos trará comida; se soubermos que ninguém o fará, é natural que fiquemos desesperados, temendo morrer de inanição. O mesmo acontece em relação à doença, dificuldade financeira e outros problemas. Só pelo reconhecimento de que tudo será solucionado através da Fé teremos tranquilidade absoluta. Dessa forma, a salvação das duas partes – a material e a espiritual – é que nos fará sentir-nos salvos, alcançando o estado de verdadeira paz e segurança.

A base da salvação material e espiritual – aquela que é a mais perfeita – consiste, portanto, unicamente, em eliminar a doença, tornando as pessoas sadias. Por maior que seja a nossa fortuna ou a quantidade e variedade dos mais saborosos alimentos, provenientes do mar e da terra, em nossas refeições, por maiores honrarias e por mais elevada posição social que tenhamos, isso de nada adiantará, se estivermos sofrendo com doenças. A primeira condição para salvação da humanidade é, antes de mais nada, alcançar a saúde. Por esse motivo, a meta de nossa religião é formar indivíduos e sociedades saudáveis.

Alicerce do Paraíso, “O que é a verdadeira salvação” – 24/dezembro/1949

“Neste mundo, aumenta cada vez mais o número de homens astutos. Escasseiam, porém, os homens possuidores da verdadeira inteligência.”

mão de luz(…) Analisemos mais profundamente. O ensino tradicional foi sedimentando-se através dos anos, mas o progresso cultural faz com que ele se dissocie dessa forma estática numa rapidez incrível. Um dia destes, ouvi do presidente de uma empresa o seguinte comentário: “Embora seja muito inteligente, uma pessoa que saiu da universidade há mais de dez anos não consegue situar-se, em face dos problemas reais do presente. Isso acontece por não haver correspondência entre o que ela aprendeu naquela época e o tempo atual, especialmente no que se refere aos técnicos.” Essas palavras vêm ao encontro daquilo que eu explanava, porque, pela sua própria natureza, os conteúdos das matérias estudadas devem se referir à época do estudo, mas, se eles não acompanharem o progresso cultural, fatalmente o estudo perderá sua validade. Exemplifiquemos.

Dizem que os políticos contemporâneos tornaram-se muito “pequenos”, o que significa dizer que é difícil encontrar políticos de grande envergadura. Os ministros de hoje não são nada hábeis; o máximo que eles conseguem é resolver problemas do momento. Isso ocorre porque na atualidade, os estadistas de nível ministerial são formados pelas Universidades Federais e deixam-se levar facilmente pelas velhas teorias aprendidas. Racionais em tudo, eles não sabem que existe algo além da lógica. É a mesma coisa que utilizar o cavalo como meio de transporte numa rodovia, ou aprender a dirigir charrete ao invés de carro.

O estudo destina-se ao desenvolvimento do cérebro humano. É para edificar uma base, como se fosse o alicerce de uma casa. Sobre essa base, precisamos fazer uma nova construção, ou seja, utilizar o estudo, desenvolvê-lo e com ele criar coisas novas. Isso significa ajustar os passos ao contínuo progresso cultural. E não é só isso. O verdadeiro estudo vivo é aquele que avança ainda mais, desempenhando a função de orientar a cultura. (…)

Alicerce do Paraíso, “Inadequação do estudo” – 25/junho/1949

sábado, 14 de abril de 2012

Princípio do Johrei – Quarta Parte

kyoto 2 Convém falar aqui a respeito de Kanzeon Bossatsu. Dentre muitos budas, Ele era considerado o mais oculto. Há nisso um profundo mistério, mas não posso divulgá-lo totalmente, pois ainda não chegou o tempo certo. Pretendo fazê-lo tão logo Deus me permita. Sendo assim, escreverei apenas sobre o mistério relacionado com o Johrei.

A atuação de Kanzeon Bossatsu vem desde o advento do budismo, mas daquela época até pouco tempo atrás Ele promovia tão-somente a salvação do espírito. Evidentemente, através da oração conseguiam-se graças, mas estas eram extremamente limitadas. A razão disso está no fato de que a luz era formada pela união do elemento fogo e do elemento água, mas faltava o elemento terra. Como havia apenas dois elementos, a força era insuficiente. Entretanto, chegou a hora de uma grande mudança no Mundo Espiritual: é o Final dos Tempos, o Juízo Final citado na Bíblia. Tornou-se necessária, portanto , uma força poderosa e absoluta que salvasse toda a humanidade. Essa força é constituúda pela união do fogo, da água e da terra; a força da terra é o elemento da matéria e corresponde ao corpo humano. Ao passar pelo corpo, aluz é acrescida do elemento terra e daí nasce a triologia, ou seja, o Poder Kannon. Explicando de maneira mais acessível, a luz emitida pelo “Nyoi-noTama” de Kanzeon Bossatsu, passando pelo meu corpo, manifesta-se como Poder Kannon, o qual, através do corpo do messiânico, torna-se a força purificadora.

Exemplificarei o que acabo de dizer. É sabido, desde a antiguidade, que orar diante da imagem de Kanzeon Bossatsu traz como benefício a solução das doenças e dos infortúnios, mas os fiéis de nossa Igreja têm obtido resultados várias vezes mais poderosos com o Johrei. Isso porque as ondas de luz emitidas pelas imagens ou estátuas de Kanzeon Bossatsu são constituídas apenas pela força dos elementos Fogo e Água; nelas não está incluída a importante força do corpo. Outra razão é a grande transição a que eu já tenho me referido várias vezes, ocorrida no Mundo Espiritual. Ele teve início em meados de junho de 1931. Até essa data havia muito elemento Água e pouco elemento Fogo no Mundo Espiritual, mas a partir daí a quantidade deste último começou a aumentar gradativamente. É verdade que a grande transição já havia iniciado dezenas de anos antes dessa data, mas o elemento fogo ainda estava bastante rarefeito. Se a luz é forte, significa que há maior quantidade do elemento Fogo. Da mesma forma, no caso das lâmpadas elétricas, quanto mais intensa é a luz, maior é a quantidade de calor emitido.

Outro exemplo é a existência de uma massa de elemento Fogo em meu ventre. As pessoas falam que minha temperatura é bem mais alta que a das pessoas comuns. Praticamente todas as noites fazem-me massagens nos ombros, e todos dizem que de mim emana muito calor. No inverno, sempre acabo tirando um ou dois agasalhos. Se permaneço num cômodo durante algum tempo, as pessoas acham que ele ficou aquecido, e muitas vezes bgrinco dizendo que substituo o aquecedor. Mesmo em dias de frio costumo ficar uma ou duas horas de pijama após o banho. Além disso, gosto especialmente de banhos mornos. Isso obedece ao princípio do aumento de calor quando se joga água no fogo, e do frio mais intenso nos dias ensolarados de inverno.

Alicerce do Paraíso, vol.1 – 30/maio/1949

quarta-feira, 11 de abril de 2012

“O progresso da sociedade não depende apenas da ciência material. É preciso começar a desenvolver, o quanto antes, a ciência do espírito.” (Nidai-Sama)

untitledDesde os tempos mais remotos é costume dizer: “Se tiveres riqueza consolidada, terás espírito correto”. Isso significa que, quando o homem deixa de passar por dificuldades materiais, suas palavras e atitudes também melhoram. Assim, muito intelectuais interpretam que a carência material é a causa dos males sociais que infestam o mundo atualmente. Em parte, isso é verdade, mas não é o ponto vital do problema. Se essa fosse a verdadeira causa dos males sociais, as pessoas abençoadas materialmente deveriam ser corretas; todavia, a realidade nos mostra que nem todas o são. Existem muitas pessoas ricas que praticam atos ilícitos e às vezes perturbam e prejudicam a sociedade muito mais do que os pobres. Através do poder do dinheiro, apoderam-se de muitas residências e deixam-nas desabitadas, numa época em que estamos passando por séria crise habitacional; alvoroçam a moral; tiram a liberdade dos fracos e indefesos, impedindo-os de subir na vida; corrompem o mundo político; e tantas outras coisas, que chega a se impossível enumerá-las.

Por esse fatos, fica evidente que o aumento dos males sociais não é causado unicamente pela carência material. Conclui-se, daí, que eles provêm da falta de fé, como sempre costumamos dizer. Essa é a sua verdadeira causa. Enquanto não solucionarmos essa questão, será impossível pensarmos na erradicação dos males sociais. A solução básica e incontestável do problema está no aparecimento de uma religião poderosa.

O maior erro que existe no pensamento dos homens civilizados da atualidade é a mania de atribuir ou transferir todas as culpas para terceiros. Creio que a influência do marxismo constitui o centro desse modo de pensar, pois, segundo sua teoria socialista, a infelicidade do homem é causada unicamente pelo péssimo mecanismo da organização social. De fato, torna-se necessário melhorar esse mecanismo, mas é um grande equívoco determinar que esta seja a causa única da infelicidade do homem. Mesmo que se chegue a uma organização ideal, se o modo de pensar e agir de cada indivíduo estiver errado, essa organização não poderá ser administrada com eficiência, e o resultado, infalivelmente, será a bancarrota. Portanto, a única forma de solucionar o problema é melhorar a natureza espiritual de cada indivíduo. Ou seja, deve-se considerar que o homem é o ponto principal, e a organização social, um ponto secundário.

É evidente que esse pensamento errado surgiu das teorias materialistas, que não reconhecem a natureza espiritual do homem. Tenta-se solucionar todos os problemas através dessas teorias e nisso está o grande erro. Como resultado, os homens da época atual julgam que suas próprias palavras e ações são corretas e procuram atribuir a culpa dos males sociais a terceiros. Na realidade, porém, a causa de quase todos esses males está no próprio indivíduo. Se os homens estiverem profundamente conscientizados disso, a humildade e o espírito filantrópico surgirão por si mesmos, nascendo uma sociedade feliz e pacífica. E jamais se conseguirá tal coisa por outro caminho que não seja a Fé.

O pensamento de que a culpa dos males sociais está em terceiros, princípio da revolução socialista – baseado no qual se pretende destruir a organização social, faz com que o povo se rebele, transferindo a culpa à organização, ao invés de assumí-la. Gostaríamos, portanto, que os homens da atualidade, plenamente conscientizados do que estamos dizendo, reconsiderassem os erros cometidos até o presente e começassem tudo de novo.

Alicerce do Paraíso, “O mal social é ou não é causado pelo meio ambiente?” – 25/maio/1949

terça-feira, 10 de abril de 2012

“A educação que forma homens incapazes de distinguir o Bem e o Mal está baseada na pseudoverdade.”

imagesCABH3ISRTalvez estas palavras pareçam demasiado fortes, mas não posso evitá-las, pois correspondem à pura verdade. Segundo nosso ponto de vista, o materialismo, ou seja, o ateísmo, pode ser considerado o pensamento mais perigoso que existe. Vejamos. Se Deus não existisse, eu também ganharia dinheiro enganando o próximo habilmente, de modo que não fosse descoberto; faria o que bem entendesse e, além de viver uma vida de luxo, estaria ocupando uma posição de maior destaque na sociedade. Entretanto, consciente da existência de Deus, de forma alguma sou capaz de proceder assim. Tenho de percorrer o caminho mais correto possível e tornar-me um homem que deseja a felicidade das outras pessoas. Caso contrário, jamais poderia ser feliz e levar uma vida que vale a pena ser vivida.

O que eu estou dizendo não é mera teoria ou algo parecido. Como podemos ver através de inúmeros exemplos que a História nos mostra desde os tempos antigos, por mais que a pessoa prospere por meio do Mal, essa prosperidade não dura muito, acabando por desmoronar. É um fato que deveria ser percebido facilmente, mas parece que isso não acontece. A sociedade continua assolada pelos crimes. Crimes horripilantes, como assaltos, fraudes e assassinatos; casos de corrupção de pessoas que ocupam posições elevadas, os quais se tornam objeto de comentários sociais; incontável número de crimes de pequeno e médio porte, etc. Tudo isso é uma consequência do pensamento ateísta; por conseguinte, podemos dizer que esta é a verdadeira causa dos crimes. Está, pois, mais do que claro que só há um meio de eliminar os crimes deste mundo: destruir o ateísmo. Atualmente, porém, os intelectuais, as autoridades e os pedagogos estão confundindo pensamento teísta com superstição e tentando obter bons resultados com apoio nos regulamentos da Lei, no ensino, nos sermões, etc. Dessa forma, por mais que eles se esforcem, é natural que nada consigam. As notícias publicadas diariamente nos jornais mostram-no claramente.

Assim, para criar uma sociedade limpa e pura, é preciso estimular intensamente o pensamento teísta. Por infelicidade, o Japão encontra-se em tal situação que, quanto mais instruída é a classe, maior o número de pessoas ateístas. Além disso, é comum acreditar-se que esta é uma qualificação dos intelectuais e dos jornalistas, de modo que, quanto mais a pessoa enfatiza o ateísmo, mais progressista ela é considerada. Por esse motivo, se não houver uma mudança radical, no sentido de que os ateístas sejam vistos como ultrapassados, e os teístas, como vanguarda intelectual da época, a sociedade não se tornará alegre e feliz.

Alicerce do Paraíso, “O materialismo cria o homem mau” – 07/maio/1952

“Este mundo está tão consolidado na instrução materialista, que não percebe a eternidade da vida.” (Nidai-Sama)

Falarei a respeito dos males sociais, que, atualmente, constituem o maior problema do Japão. Antes, porém, é necessário analisarmos o método que os intelectuais e os governantes empregam para evitá-los.

margaridasOs males sociais estão sendo controlados de forma cada vez mais rigorosa, através de leis e regulamentos, mas, como essas medidas não atingem o ponto vital do problema, os homens maus só pensam no meios de livrar-se delas habilmente. Se encontram alguma brecha, logo tentam aproveitar-se, de modo que as autoridades se esforçam por não lhes dar oportunidades, tornando as leis e os regulamentos cada vez mais rigorosos. É realmente uma competição entre a inteligência do Bem e inteligência do Mal.

Geralmente pensamos que os violadores das leis são os criminosos, os delinquentes, os chefes de bandos, etc. Na realidade, o problema não envolve apenas as pessoas das classes inferiores; ele vem de cima, começando por ministros, políticos, deputados e funcionários públicos, e atingindo até famosos empresários. Podemos dizer que poucas são as pessoas que não cometem crimes. Acontece que os criminosos que se mostram abertamente como tal, são apenas uma parte; costuma-se mesmo dizer que os que foram agarrados pelas malhas da lei não tiveram sorte, o que prova a existência de muitos crimes submersos, que não vêm à tona.

quando analisamos profundamente os criminosos, não temos dúvida em afirmar que eles não temem o crime. Não sabem que é uma vergonha causar danos à nação, prejudicar a sociedade ou fazer mal às pessoas. Os criminosos podem saber criticar os outros, mas não sabem criticar a si próprios. E não é raro sabermos, atualmente, de funcionários que fazem festas e gastam a rodo, enquanto o povo está sofrendo sob a pressão dos impostos.

Se o homem não tiver receio de cometer más ações, se não sentir vergonha de praticar atos impuros nem pena de fazer os outros sofrerem, esse homem já perdeu o valor como ser humano. Por mais que fale de teorias excelentes e se orgulhe de ter instrução, somente isso não lhe confere valor como ser humano. Ele é um objeto, um homem sem alma. Por haver muitas pessoas desse tipo atualmente, o mal social é intenso, apresentando-se o mundo em estado infernal. Resumindo podemos dizer que no Japão existem doentes em estado gravíssimo.

Qual será o motivo de ocorrências tão aflitivas? Indubitavelmente elas são consequência da educação materialista de que tanto falamos. Por isso, é muito fácil exterminar totalmente o mal social: basta destruir o pensamento materialista. Mais nada. Mas de que maneira? Obviamente, através da educação espiritualista, isto é, do reconhecimento da existência de Deus, do espírito e do Mundo Espiritual. Esta é a verdadeira e valiosa missão da Religião. Entretanto, é impossível fazer as pessoas reconhecerem a existência de Deus e do espírito somente por meio de princípios religiosos, sermões e preces. É necessário manifestar milagres, conceder benefícios materiais, ou seja, Graças Divinas palpáveis. Não existe absolutamente outro meio, além desse, para eliminar o pensamento materialista.

Alicerce do Paraíso, “A origem dos males sociais” – 14/maio/1949

“A verdadeira Educação é aquela que ensina o princípio de que o Bem leva o homem à felicidade, e o Mal leva-o à desgraça.”

(…) Quanto à Educação, também está muito distante o verdadeiro caminho. Seu real objetivo é tornar homens íntegros que façam da justiça o seu código de Fé e se esforcem para aumentar o bem-estar social, contribuindo para o progresso e a elevação da cultura. Na situação atual, porém, até mesmo os que se formam nas melhores escolas superiores praticam crimes e outras ações que prejudicam a sociedade. Urge fazer algo para modificar essas condições.

O maior erro da Educação é ser totalmente materialista. Estamos cansados de dizer que, se ela não evoluir juntamente com o espiritualismo, não lhe será possível nem mesmo sonhar em atingir seu verdadeiro objetivo. Entretanto, como esse erro vem de longa data, estamos conscientes de que enfrentaremos muitas dificuldades se tentarmos eliminá-lo bruscamente.

O ideal espiritualista é fazer reconhecer a existência do espírito, o que significa fazer reconhecer a existência de Deus. Sem isso, o espiritualismo não teria fundamento. Naturalmente, a Religião encarregou-se disso até hoje, mas não obteve resultado visível, porque não havia uma religião com força suficiente para tanto. Nasceu, então, a nossa Igreja, dotada de força para fazer com que todos reconheçam o espiritualismo e com que a Religião e a Ciência caminhem lado a lado. Dessa forma, nascerá um mundo de eterna paz, onde todos poderão viver uma vida celestial. Se o progresso da cultura, por maior que ele seja, não promove, paralelamente, o aumento da felicidade, a culpa cabe ao próprio homem, que ficou preso apenas à cultura material. A humanidade precisa perceber isso o quanto antes.

No que concerne à Política, a situação também é calamitosa. Tomarei por base exclusivamente a política japonesa, que, mesmo sob domínio estrangeiro, é assaz medíocre ainda. Sendo ela materialista, seu conteúdo torna-se mais medíocre ainda. Podemos afirmar que não existem muitos políticos de visão ampla e que a maioria se restringe  às tarefas do dia-a-dia. Isso acontece porque seus espíritos estão maculados, de modo que, embora sejam políticos, eles não conseguirão, de maneira alguma, manter um desempenho desejável se não tiverem por base a Fé. Como as religiões tradicionais não têm força suficiente para modificá-los, a única solução é o aparecimento de uma religião nova e poderosa.

Alicerce do Paraíso, “Religião, Educação e Política” – 27/agosto/1949

“Quando vejo alguém se empenhando pelo bem do próximo e do mundo, tenho a sensação de estar vendo um diamante entre o cascalho.”

imagesCAK3QE1FQuando um fiel de nossa Igreja se esforça e, através do Johrei e do espírito da palavra, consegue formar um novo membro, ele sente-se aliviado. Na verdade, isso não passa de conduzir alguém e fazê-lo ultrapassar o portão de casa, o que não dá tranquilidade suficiente. Se a pessoa não for conduzida à sala e não lhe forem mostrados os locais importantes da casa, ão podemos dizer que ela se tornou um verdadeiro membro. Quem tem experiência sabe muito bem, mas há um ponto que eu desejo ressaltar. Se alguém possui capacidade para formar um membro convicto, formar cem membros não é uma tarefa muito difícil. E se cada um desses membros formar cem novos membros, o aumento se dará em progressão geométrica e, obviamente, esse número se elevará de forma espantosa.

Falando assim, poderão achar que nem tudo transcorre de forma tão acelerada. Mas isso é porque se raciocina através dos padrões das religiões existentes até hoje. A nossa Igreja Messiânica Mundial é totalmente diferente. Sendo uma religião tão elevada, ela não se compara da com as outras. Especialmente, o resultado da cura das doenças através do Johrei é tão maravilhoso, que é difícil acreditar. Esse fato se torna compreensível quando se tem contato com a nossa Igreja. Realmente, existem diversas formas de cura das doenças através das religiões, mas elas se baseiam em graças obtidas indiretamente, através das divindades e da própria força humana. E como essas divindades, por possuírem qualificação abaixo da segunda classe, não podem manifestar uma força acima de certo limite. Como a divindade orientadora da nossa Igreja é o Supremo Deus, a força que se manifesta é absoluta. Isso se evidencia pelo fato de que, enquanto as outras religiões constroem seus próprios hospitais, a nossa não o faz.

Na nossa religião, não só praticamente inexistem dogmas ou práticas estabelecidas há milhares de anos, como também tem apontado as falhas desses dogmas e práticas. Dessa forma, tudo é moderno e, ao contrário das demais religiões, que demonstram indiferença à cultura científica, a nossa faz-lhe muitas críticas e tem demonstrado um alto nível cultural. Caso existam pessoas que criticam a nossa Igreja por esse ou outro motivo, é porque não tiveram contato com ela. O que é também inimitável na Igreja Messiânica Mundial é a sua peculiaridade de manifestar milagres tão numerosos e grandiosos, que chegamos a ser confundidos com os demagogos. Além do mais, esses milagres se manifestam de forma constante, apresentando resultados admiráveis. Isso despertou a atenção não só daqueles que se interessam por Religião, mas também de outras pessoas.

Embora a nossa Igreja seja uma entidade religiosa, a Religião representa somente uma parte dela. mesmo numa rápida análise, vemos que ela manifesta resultados maravilhosos, principalmente no campo da Medicina, da Agricultura e da Arte. Obviamente, no futuro, pretendo realizar atividades extraordinárias em outras áreas culturais. Em suma, vamos substituir a cultura infernal, errônea, pela verdadeira cultura, paradisíaca. Sendo a Igreja Messiânica Mundial uma religião que possui tal capacidade, não será impossível uma pessoa poder salvar outras cem.

Jornal Eiko no 192 – 21/janeiro/1953

segunda-feira, 9 de abril de 2012

“Quem ama a vida e ajuda o próximo, será amado e protegido por Deus onde quer que esteja.”

amor e luzAo entrar em determinadas casas, temos uma sensação de frieza e de tristeza. Isso é causado pela falta de amor do chefe da família, isto é, pela sua frieza de sentimentos: “Basta que eu esteja bem, os outros que se danem”. Em suma, ele é um animal de sangue frio, por isso sua casa é fria. O mesmo acontece com o homem. Quando encontramos determinada pessoa, não sabemos por que, sentimos que ela é fria ou então calorosa. Isso é devido ao seu espírito; é a sensação provocada pelo espírito dessa pessoa. Se a sensação for calorosa, significa que a pessoa tem muito amor. Tudo é assim. Mesmo em se tratando de unidades religiosas que se desenvolvem e outras que não vão adiante, a causa fundamental está nesse ponto. O fato da pessoa ter amplo ou forte amor, significa que ela possui maior Luz. O homem, por natureza, se aproxima da Luz, sentindo atração por ela. Assim, inevitavelmente, ele tende a se voltar sempre para o local onde há calor. Não saber falar bem, local ruim, casa apertada, etc., tudo isso influi de certa forma, mas não é a causa fundamental. O essencial é o dirigente da unidade religiosa ter amor intenso para atrair as pessoas. Por isso, é interessante analisar esse assunto sob o ponto de vista do espírito da palavra. O Sol é fogo, portanto, é calor; diz-se também que calor do fogo. Ao contrário, a Lua, conforme está escrito em meus livros, é fria, por ser gelo.

Coletânea de Ensinamentos vol.26 – 16/setembro/1953

“É dever de todo ser humano trabalhar pela felicidade e pela paz neste mundo.” (Nidai-Sama)

paz na TerraPublicamos, outro dia, nesta mesma coluna, um artigo sobre a lógica na Fé, e eu acredito que o tenham compreendido. Recentemente, porém, como dirigente de Igreja fez uma nova pergunta relacionada ao assunto, volto a escrever sobre esse tema.

O caso refere-se a uma senhora que ingressou na Fé há dois anos. Em fevereiro deste ano, seu filho de dois anos de idade contraiu pneumonia. Vindo pedir orientação ao dirigente de um Templo-filial, este lhe disse que curaria o menino, no qual passou a ministrar Johrei com fervor. Mas não houve melhora, e a criança chegou a correr risco de vida. Assim, dias atrás, ele me telefonou, fazendo pedido de graça. Depois disso, a criança melhorou bastante, mas a mãe, ainda preocupada, recorreu ao dirigente da Igreja, querendo saber como agir; então, ele veio me procurar, trazendo consigo a mãe da criança.

Minha orientação foi a seguinte:

Uma doença simples como a pneumonia não deveria durar tanto tempo assim. Infalivelmente, devia existir algum ponto errado. Foram duas as causas. Uma delas constituía um grande erro, mas, como se trata de algo particular, vamos deixar em sigilo. A outra era ainda mais importante. Desejando que o dirigente da Igreja também ouvisse, expliquei-lhes detalhadamente.

Como os pais tinham se tornado membros há um ou dois anos, deveriam ter ministrado Johrei no filho, acometido de uma simples pneumonia; assim, ele poderia ter-se restabelecido satisfatoriamente. No entanto, os pais cometeram um erro. Nem sequer ministraram-lhe Johrei direito, incomodando o dirigente do Templo-filial, o que está fora da lógica. E o dirigente também, por sua vez, foi ministrar Johrei no menino de vez em quando; portanto, as duas partes estavam completamente erradas.

A função do dirigente do Templo-filial é mante contato com as pessoas não-membros, pois aquelas que já são membros têm permissão de Deus para realizar a cura de doenças. Assim, quando se trata de doenças entre os familiares, os próprios membros da família é que devem ministrar Johrei. Recorrer ao dirigente do Templo-filial significa atrapalhar a sua atividade. Por outro lado, o dirigente deveria ter orientado os membros nesse sentido; só posso imaginar que ele estivesse realmente no mundo da Lua, pelo fato de não conseguir perceber isso. Entretanto, em casos especiais, pedindo permissão a Deus, ele pode ministrar Johrei moderadamente.

Em suma, naquele caso, nada estava de acordo com a lógica, por isso não se pôde receber graças. Os diretores, ministros, dirigentes de Igrejas e dos Templos-filiais, cada qual, discernindo bem sobre o seu nível e a sua responsabilidade, deve tomar cuidado para não fugir da lógica. Nesse sentido, caso eles se esforcem, dia a dia, na leitura dos Ensinamentos e mantenham polida a Inteligência da Percepção Verdadeira, poderão perceber essas coisas em qualquer situação. Também, não podemos nos esquecer de fazer distinção entre Daijo e Shojo.

Todas as coisas devem estar relacionadas, em primeiro lugar, ao desenvolvimento da Obra Divina, e em segundo ou terceiro plano, aos assuntos particulares; assim, tudo correrá favoravelmente. Pensando no interesse geral e com base na lógica, poderemos receber muitas graças; porém, se perturbarmos a Obra Divina um pouco que seja, é natural que as coisas não transcorram conforme nosso desejo.

Salvar toda a humanidade é um trabalho imenso, e além do mais, Deus está com bastante pressa. Portanto, é preciso que reflitam sobre isso.

Jornal Eiko no 213, “A respeito da lógica na Fé” – 17/junho/1953

domingo, 8 de abril de 2012

Princípio do Johrei – Terceira Parte

O método do Johrei que tenho empregado atualmente, consiste em outorgar às pessoas um papel onde está escrita a palavra “hikari”, ou seja, “luz”. Os efietos se manifestam quando esse papel é usado no peito, pendurado ao pescoço. Isso acontece porque da palavra “hikari” se irradiam poderosas ondas de luz, as quais são transmitidas através do corpo, do braço e da palma da mão do fiel que ministra o Johrei.

E por que motivo se irradiam ondas de luz da palavra “hikari”? Essas ondas são emitidas do meu corpo e, pelo elo espiritual, transmitem-se instantaneamente à palavra em questão. É muito semelhante às ondas de rádio. Todavia, se as ondas de luz são emitidas do meu corpo e tranmitidas através do elo espiritual, surge a seguinte pergunta: que segredo existe no meu espírito: Quando compreenderem isso, a dúvida desaparecerá. No meu ventre há uma bola de luzuq normalmente mede uns 6 cm de diâmetro; ela já foi vista por algumas pessoas. Dela, as ondas de luz irradiam-se infinitamente. A fonte dessa bola está no “Nyoi-no-Tama” de Kanzeon Bossatsu, no Mundo Espiritual, daí me é fornecida uma luz infinita. Esse é o Poder Kannon, também conhecido como Poder Incognoscível ou Poder da Inteligência Superior. A bola que Nyoirin Kannon traz consigo é igual à de Kanzeon Bossatsu.

Alicerce do Paraíso – Vol.1

Princípio do Johrei – Segunda Parte

imagesCAC1IG7K Para explicar o princípio do Johrei, torna-se indispensável o conhecimento de um fato: todas as coisas existentes no Universo são constitupidas não apenas da parte material, mas também de uma parte espiritual, invisível aos nossos olhos. O homem, logicamente, também está constituído de matéria e espírito. Numa classificação sumária, o espírito é a essência do Sol; o corpo físico, a essência da Lua e da Terra. Em termos mais compreensíveis, o espírito é fogo, positivo, masculino, frente, vertical e dia; o corpo, por sua vez, é água, negativo, feminino, verso, horizontal e noite. Entretanto, a ciência adimite a existência do espírito, objetivando somente a matéria. Ora, se o homem fosse desprovido de espírito, não passaria de um simples objeto. Seria uma matéria como o pau e a pedra, sem vida e sem atividade mental. Não compreender essa teoria tão simples constitui o erro fundamental da ciência de hoje. Para os cientistas, no espaço só existe o ar, nada mais. Mas a verdade é que, além do ar; existe um número incalculável de elementos invisíveis; lamentavelmente a ciência ainda não progrediu a ponto de detectá-los. Por felicidade eu descobri a natureza desses elementos, tendo dado aos conhecimentos obtidos o nome de ciência espiritual. Com essa descoberta, evidentemente, chegou-se à época em que terá início a eliminação das doenças, o maior sofrimento da humanidade.

A seguir, vou mostrar a causa do aparecimento das doenças. Conforme eu já disse, o homem é constituído de duas partes – a material e a espiritual. O fato dele estar vivo e se movimentar acha-se relacionado à estreita união entre o espírito e a matéria, ou seja, esta é movida pelo espírito. O espírito possui a mesma forma do corpo físico, e dentro dele localiza-se a consciência, no centro do qual, por sua vez, está a alma. A atividade dessa triologia manifesta-se como vontade-pensamento, a qual é invisível. Essa vontade-pensamento é que governa o corpo, portanto, o espírito é o principal, e a matéria o secundário, isto é, o espírito precede a matéria. Quando uma pessoa movimenta os braços e as pernas, eles não se movem livremente, por si próprios, mas sim obedecendo à vontade da pessoa. Todas as partes do corpo, sem excessão, inclusive a boca, o nariz, os olhos, etc., movimentam-se dessa forma. Até a doença obedece ao mesmo princípio. Para que possam entender bem, vou exemplificar com o furúnculo, do qual todo mundo tem experiência.

O furúnculo surge como uma pequena protuberância e vai inchando gradualmente e tomando uma cor avermelhyada. Normalmente vem acompanhado de febre, e a pessoa começa a sentir dores e coceiras no local. Esse fenômeno constitui uma atividade de eliminação de toxinas do corpo físico, por ação fisiológica natural. As toxinas acumuladas em determinada parte do corpo são dissolvidas pela febre e liquefeitas, para que sua eliminação seja mais fácil. É a atuação da força de recuperação natural. Para formar um orifício de saída, a pele fica muito fina e flácida. Portanto, a coloração avermelhada é o sangue impuro, visível através da pele, que se tornou fina e transparente. Depois, abrindo-se um pequeno orifício, o sangue purulento começa a sair imediatamente; com essa eliminação de pus, termina a purificação.

A explicação acima diz respeito ao corpo. mas em que condições se encontra o espírito nessa ocasião? Ele apresenta uma espécie de nebulosidade igual ao furúnculo; em outras palavras, máculas. Quanto mais grave a doença, mais densas são as máculas. E por que motivo elas ficam concentradas numa parte do espírio? É pela ação purificadora constante. Depois que as máculas espalhadas por todo o espírito se reúnem em determinado local, surge a ação eliminatória. Isso constitui a doença. Existe, pois, uma relação inseparável entre o espírito e o corpo.

Falei a pouco sobre o princípio da Precedência do Espírito sobre a Matéria, mas ele não se aplica apenas ao ser humano; todas as coisas do Universo, sem exceção, obedecem a esse princípio. Por conseguinte, o objetivo do Johrei é eliminar as máculas espirituais. Através dele, as máculas ficam no estado de morte. Em outras palavras, o Johrei tira-lhes a vida. Mortas, obviamente elas perdem toda a sua força e deixam de pressionar os nervos. Esta é a razão do desaparecimento das dores.

Alicerce do Paraíso – Vol.1

Princípio do Johrei - Primeira Parte

imagesCAC1IG7K O princípio do Johrei é um assunto por demais difícil para a compreensão das pessoas da atualidade, dado seu nível de instrução. Isso é inevitável, já que a educação está totalmente baseada no materialismo. Por outro lado, através de documentos escritos e da tradição oral, constatamos que invariavelmente os fundadores de diversas religiões realizaram milagres. O fato ~´e mais evidente nas grandes religiõies. No entanto, pelo nível cultural daquela época, era possível convenecer o povo apenas pela concessão de benefícios e pela realização de milagres, pois ele não buscava esclarecimentos sobre a teoria ou o conteúdo das religiões. O lamentável é que, se não tivesse havido a redenção, Cristo, quem mais milagres realizou, talvez conseguisse, durante sua vida, salval uma grande parte da humanidade e ampliar muito mais sua doutrina. Seu período de atuaçãofoi bastante curto, sem dúvidad por causa da força de Satanás, que, na época, era inegavelmente mais forte, em virtude da prematuridade do tempo no Mundo Espiritual. Entretanto, finalmente o tempo amadureceu e adveio a grande transição naquele mundo. Através da nossa percepção espiritual, podemos ver claramente que a força de Satanás está enfraquecendo dia a dia.

Por Revelação Divina foi-me esclarecida a causa de vários fatos até hoje considerados mistérios do mundo. Assim, me é possível distinguir o justo e o satânico, determinar a raiz do bem e do mal, corrigir o erro de todas as coisas. Em face do desequilíbrio do mundo contemporâneo, decorrente do progresso unilateral da cultura, ou seja, o progresso apenas da cultura material, vou invrementar extraordinariamente a curltura espiritual e, com o desenvolvimento paralelo de ambas, fazer surgir o mundo perfeito: o Paraíso Terrestre.

Como eu disse anteriormente, diferindo dos homens primitivos e dos homens de épocas de baixo nível cultural, o homem da atualidade não consegue confiar apenas em milagres, mesmo que estes sejam manifestados concretamente. Ele não convence sem uma explicação teórica dos fatos. Uma das causas da decadência das religiões tradicionais é justamente elas negarem a cultura material e não conseguirem proporcionar benefícios concretos aos fiéis.

Vou explicar agora o princípio do Johrei, um dos métodos pelos quais os fiéis da nossa Igreja vêm obtendo magníficos resultados, expressos sob a forma de surpreendentes milagres. Quando se estende a mão em direção à pessoa enferma, as doenças mais difíceis e os enfermos mais graves começam a melhorar. Mesmo as dores mais fortes são aliviadas ou extintas em curto espaço de tempo. Portanto, só podemos dizer que se trata de “milagre”.

A medicina atual é o resultado de milhares de anos de estudo e prática constante realizada por renomados estudiosos de vários países, e suas terapias minuciosas e refinadas são dignas de elogio. Entretanto, um indivíduo comum obtém resultados notáveis ministrando Johrei em doentes que não conseguiram se restabelecer com o trabalho das autoridades médicas, formadas à custa de elevadas despesas com estudos e pesquisas durante dezenas de anos. É realmente um fato que está além da razão. Não seria, pois, exagero definir o Johrei como a maravilha do século. Todavia, pelo simples conhecimentos dos seus resultados reais através de notícias, as pessoas não o aceitam facilmente. Mais do que isso, vêem-no pela ótica da superstição ou da anormalidade psíquica, o que talvez seja uma reação natural.

O aparecimento do Johrei é um grande acontecimento, inédito na História. A afirmação, feita por nossa Igreja, de que irá construir um “mundo livre de doença, pobreza e conflito” não seria possível se ela não estivesse absolutamente convicta do que está dizendo. Se não tivesse competência  para isso, ela estaria enganando o mundo e cometendo um delito imperdoável. Para nós, no entanto, como eu disse anteriormente, milagres como os que citamos, não são milagres. Eles possuem uma base totalmente fundamentada na explicação científica e ocorrem porque devem ocorrer. Vou, a seguir explicá-los mais profundamente.

Alicerce do Paraíso – Vol.1

terça-feira, 3 de abril de 2012

“Meu coração fica radiante por eu estar servindo unicamente ao bem do próximo e do mundo.”

De acordo com o senso comum, não há dúvidas de que servir em prol do bem-estar social e fazer feliz o próximo são boas ações. Por conseguinte, deveria se próprio da natureza humana apoiá-las e ter vontade de flor de luz 4Servir; entretanto, por incrível que pareça, frequentemente vejo pessoas agirem friamente com referência a essa questão. Parece que não se interessam por aquilo que não lhes diz respeito., nem pelo bem da sociedade. Para elas, estas coisas só as fazem perder tempo; em tudo, o que importa mesmo são elas próprias; se tiverem lucros, está ótimo, é impossível ganhar dinheiro ou subir na vida. De fato, o mundo é engraçado, porque pessoas desse tipo é que são tidas como espertas.

Criaturas assim pensam de forma calculada e materialista quando deparam com qualquer sofrimento. No caso de ficarem doentes, por exemplo, basta-lhes pedir ajuda à Lei; a quem não lhes obedece, bastam carões e castigos. Dessa forma, simplesmente acomodam os problemas. Como acham que, se estiverem bem, não importa como estejam os outros, procuram comodidade apenas para si. Ora, por não pensarem também no próximo, não são merecedoras de estima nem de consideração. Os que se juntam à sua volta são interesseiros, e por isso, quando a situação começa a piorar, todos se afastam. É natural que, justamente para tais pessoas, problemas e sofrimentos sejam uma constante. Quando tudo principia a correr mal e fracassar, elas se afobam, tentando recuperar-se com suas próprias forças; forçam a situação que já estava forçada e, assim, acabam num estado calamitoso, nunca mais voltando ao que eram antes.

Exemplos como esses são muito frequentes na sociedade. Obviamente, tais pessoas não querem nem ouvir falar em Fé. Acham que Deus não existe, que tudo não passa de superstição, ou que Deus existe dentro de cada um. Além de se jactarem de também serem deuses, dizem que gastar tempo e dinheiro com semelhantes coisas é a maior tolice que existe. Acham que a Fé não passa de consolo mental para covardes ou passatempo de quem não tem nada a fazer.

Consideramos tais pessoas insensíveis em relação à Fé.

Alicerce do Paraíso, “Insensibilidade em relação à Fé” – 08/abril/’950

segunda-feira, 2 de abril de 2012

“Quando a pessoa que só pensa em si mesma purifica o seu coração e passa a orar pelo bem do próximo, esse sentimento comunica-se com Deus.” (Nidai-Sama)

mão de luz(…) Se alguém diz a si mesmo, após filiar-se à Igreja: “Agora eu compreendo como é maravilhoso poder participar da Obra Divina. Há tantas pessoas sofrendo infernalmente com tantos problemas! Preciso ajudas tantas quantas for possível”, naturalmente, o Johrei dessa pessoa torna-se poderoso e dá bons resultados. Se a pessoa diz: “É bom eu receber tantas graças nesta Religião e estar protegido. Isso é o que eu queria”, o Johrei ministrado por ela não será forte e, consequentemente, não será tão atuante.

Outro ponto referente ao Johrei é que uma pessoa de vontade firme, de caráter obstinado, pode ministrar um Johrei muito eficaz. Obviamente, esta é uma condição inerente à pessoa. O principal fator, no entanto, é o makoto do fiel. Quem sente necessidade de ajudar uma pessoa que está sofrendo, porque não pode vê-la sofrendo sozinha, ministrará um Johrei mais eficaz. Se alguém ministra Johrei por motivos egoístas, como: “Se eu puder ajudá-lo, quem sabe ele me recompensará”, “Poderei melhorar de posição” ou “Terei mais influência”, certamente seu Johrei não será tão atuante, embora apresente resultados. Além do mais, o Johrei atua na exata proporção do sentimento do messiânico que está servindo como canal. A pessoa cujo sentimento está em harmonia com a Vontade de Deus recebe recebe d’Ele maiores bênçãos, e a Luz que transmite é mais intensa. A Luz Divina que alcança cada fiel através do elo espiritual é sempre a mesma; todavia, canalizada através do corpo humano, ela manifesta uma diferença de força, de acordo com o sentimento de cada indivíduo. Poderemos entender melhor se atentarmos para o fato de que a água limpa, ao correr por um local poluído, fica suja, mas se passar por um lugar limpo não tem porque se sujar. (…)

Registro das Palavras da Luz vol.13 – 23/julho/1949

quinta-feira, 29 de março de 2012

“Se você deseja corresponder à Vontade de Deus, torne-se uma pessoa que deseja a felicidade do próximo.”

“É preciso ter pleno conhecimento de que existem dois tipos de amor: o amor Shojo (restrito) e o amor Daijo (amplo). O exemplo mais extremo de amor Shojo é o amor próprio; em seguida, por ordem, o amor entre os familiares, os amigos, a comunidade, as classes, o amor pela pátria e o amor pelo povo. Todos esses tipor de amor são amor Shojo. Por mais ardentes que sejam, acabam constituindo um mal, pois dão origem a conflitos. imagesCAK3QE1FEntão o que é o amor Daijo? É o amor à humanidade, o amor ao mundo, o amor de Deus. Se acordo com esse princípio, o amor Shojo é um amor limitado; consequentemente, por mais que se preguem esplêndidas teorias, ele representa um perigo, A causa das guerras está nessa amor. Para erradicar totalmente a guerra, torna-se necessário que o amor ao mundo se espalhe por toda a humanidade, tornando-se um ideal comum. Não existe outro meio além desse para eliminar completamente a guerra.

Com base no argumento acima, é preciso saber que o princípio de todos os conflitos está no amor Shojo. E uma coisa incompreensível é que mesmo as religiões que pregam o amor, infalivelmente possuem conflitos internos. Hoje em dia não existem conflitos religiosos tão grandes assim, mas as Cruzadas da antiga Europa, entre outros movimentos, fizeram guerras religiosas. Mesmo no Japão, existiam, antigamente, os chamados monges soldados. Os bonzos pegavam nas armas e guerreavam, e isso também está claro na História.

Sendo assim, a religião que está em conflito perde rapidamente sua qualificação como entidade religiosa. Nesse sentido, caso se trate de uma religião verdadeira, ela deve pregar o amor ao mundo e, ao mesmo tempo e, ao mesmo tempo, transformá-lo em prática; esse é o procedimento de uma religião Daijo. A nossa Igreja Messiânica Mundial tem como base o amor Daijo e promove a salvação da humanidade, por isso recebe o nome de Mundial.

Jornal Eiko no 166, “Amor Daijo” – 23/julho/1952

“A felicidade que sentimos quando fazemos outras pessoas felizes é uma felicidade inigualável.”

imagesCABH3ISRConforme já expliquei, o destino e até mesmo a vida e a morte são determinados pelos designios de Deus. A letra que forma a palavra “mei” (desígnio), a qual também figura em “seimei” (vida) é a mesma que “meirei”(ordem). A morte é o cancelamento da ordem de Deus. A ordem é cancelada porque o indivíduo está causando danos ao mundo, perdendo o valor da sua existência. Assim, o homem precisa lutar para a sua ordem não ser cancelada, para ser amado por Deus e para tornar-se útil à sociedade, caso contrário não poderá ter vida longa e feliz.

Quanto mais perto do nível superior das camadas do Mundo Espiritual, menor é o sofrimento com doença, pobreza e conflito. Os espíritos gozam de saúde vigorosa, são afortunados, suas vestimentas, alimentos e moradias são soberbos. Como eles levam uma vida alegre, a felicidade de Yukon aí posicionado é transmitida diretamente ao homem, no Mundo Material, por meio do elo espiritual, tornando-o feliz. Ao contrário, o Yukon que se encontra nas camadas inferiores do Mundo Espiritual reflete-se no homem, através do elo espiritual, e ele leva uma vida infernal, passa a vida toda infeliz.

Existem pessoas que se interessam pela fisiognomonia e pelos pontos cardeais de uma casa, mas quem se encontra no nível superior das camadas do Mundo Espiritual, quando vai se mudar ou construir uma moradia, muda-se naturalmente para uma que esteja bem bem localizada e tenha bom aspecto. Ao contrário, se a pessoa está no nível inferior das camadas do Mundo Espiritual, por mais que se esforce, muda-se para uma casa mal localizada e de mau aspecto. Também no que se refere a casamento, a boa ou má afinidade deve-se ao mesmo princípio, a Lei da Identidade Espírito-Matéria. Portanto, ninguém pode se rebelar contra essa força absoluta.

Agora darei uma breve explicação sobre predestino e destino. O predestino é determinado desde o nascimento, sendo limitado a um dos três planos do Mundo Espiritual – Superior, Intermediário e Inferior –, e é impossível ultrapassar esse limite. O destino depende do esforço feito para se atingir o nível mais alto ou o nível mais baixo do plano predestinado. Portanto, em relação à imutabilidade do predestino, o destino concede uma certa liberdade.

O homem deve sempre acumular virtudes, diminuindo os seus pecados, para que o seu Yukon se eleve a camadas cada vez mais altas do Mundo Espiritual. Não existe outro caminho, além desse, para o homem se tornar feliz.

Coletânea Série Jikan vol.3, “Camadas do Mundo Espiritual” – 25/agosto/1949

“Meu único empenho é concretizar aquilo a que a humanidade aspira.”

imagesCABLRBFVEu, também, tenho vários sofrimentos. Acho isso muito natural, porque meu trabalho é desbravar o mundo das trevas, em que Satanás e Daiba estão agindo à solta. É como se eu estivesse rodeado por uma cerca de lanças representadas pela inveja, pela perseguição, pelos mal-entendidos, pela má fama, etc. Como preciso romper esta cerca e pouco a pouco vou expandindo o Paraíso neste mundo infernal, as dificuldades que encontro estão além da imaginação. Mas estou seguro de que meus sofrimentos não são maiores, como poderia parecer a quem está de fora, porque tenho a grandiosa proteção de Deus. Eu próprio me considero a pessoa mais feliz deste mundo e julgo-me dono de um destino muito misterioso, motivo pelo qual sempre vivo agradecido.

Tenho, porém, sofrimentos que as pessoas desconhecem. Passarei a escrever sobre o maior deles. É justamente o que se refere à medicina moderna, cujos erros durante muito tempo vim apontando através da palavra escrita e oral. Entretanto, para dizer a verdade, até agora não pude colocar a questão a nu. Sempre procurei ter o cuidado de abrandar ao máximo as minhas palavras, a fim de evitar choques, pois receava que, se expusesse toda a verdade, o resultado fosse desastroso. Além disso, mesmo que eu quisesse falar abertamente, havia uma terminante proibição de Deus nesse sentido, obrigando-me a esperar até o momento certo. Deus me fez profundas revelações sobre a saúde e a doença do homem. Não fosse assim, eu não poderia afirmar algo de tamanha grandeza: a construção de um mundo sem doenças. Se falo claramente, é porque tenho absoluta convicção do que estou dizendo.

Por essas razões, a solução do problema da doença constitui a base fundamental para eliminar o sofrimento da humanidade. Entretanto, analisando a situação em que esta se encontra, devo dizer que é demasiado trágica. E eu, que vejo tal situação , sofre de maneira quase insuportável, porque Deus ainda não me permitiu divulgar a verdadeira solução do problema. É como se me encontrasse prensado entre duas tábuas. Não consigo, portanto, disfarçar o meu estado de espírito, a minha ânsia de que chegue o mais breve possível o tempo de divulgar a Verdade.

Jornal Kyusse no 65, “Um sofrimento” – 03/junho/1950

AMOR AO PRÓXIMO

“Nobre é o homem que, desejando o bem do próximo, coloca-se em segundo plano.”

untitledCerta ocasião, uma senhora me disse: “Tenho a impressão de que, ao morrer, irei para o Inferno, mas quero ir para o Paraíso.”

Respondi-lhe: “Não me importa cair no Inferno. Desde que, antes, eu consiga levar todas as pessoas do mundo para o Paraíso. Se, mesmo assim, eu for para o Inferno, não tem importância. Penso o contrário da senhora.”

Aí, ela falou: “O senhor pensa assim, porque é homem. Mulher é diferente.”

Há uma diferença radical entre não querer ir para o Inferno, mas para o Paraíso, e querer que as pessoas subam ao Paraíso, ainda que se desça ao Inferno. Na verdade, quem pensa em conduzir as pessoas ao Paraíso, também irá para lá. Quem deseja ir para o Paraíso, acredito que não irá para o Inferno, mas ficará no nível inferior do Mundo Superior ou no Mundo Intermediário.

Coletânea de Ensinamentos vol.23 – 27/junho/1953

quarta-feira, 28 de março de 2012

“Seja qual for o sofrimento que a pessoa enfrente, se ela caminhar baseada apenas no makoto, jamais vacilará.”

GRATIDÃOInterlocutor: Fui atingido pelo infortúnio da guerra, em Tóquio, e atualmente estou residindo em outro local. Embora eu tenha ardente desejo de trabalhar bastante para o Caminho da Salvação, embora suporte os seguidos sofrimentos materiais e espirituais, não consigo dedicar como gostaria. Qual será o motivo?

Meishu-Sama: É porque você possui muitas máculas e, também, porque tem uma grande missão. Quem tem maior missão, precisa um polimento maior. Por esse motivo, quando a pessoas tem fé, mesmo tendo purificações difíceis, Deus sempre manifesta milagres e algo de bom, para que ela seja capaz de suportar as purificações sem perder as esperanças. Basta que a fé não se abale para que as coisas comecem a melhorar gradativamente, sem que seja preciso sofrer tanto. Consequentemente, devemos entender que se trata de um sofrimento para melhorar.

Revista Tijô-Tengoku no 2 – 01/março/1949

“Com a bengala do makoto, poderemos caminhar até mesmo num mundo cheio de preocupações e sofrimentos.”

É necessário que a Tie Shokaku (Inteligência da Percepção Verdadeira) atue e, para isso, tudo dependerá das toxinas que a pessoa possui na cabeça, e das suas condições psicológicas. Se houver um mínimo de pensamento impuro ou má intenção, a inteligência ficará nublada e não poderá atuar. Se no pensamento da pessoa não houver impurezas, e sim o desejo de se empenhar realmente pelo bem do mundo e dos homens, a inteligência atuará. è por esse motivo que o homem de maus pensamentos, infalivelmente, fracassa.

Coletânea de Ensinamentos vol.26 – 05/setembro/1953

“O único poder que constrói um mundo de paz, é o makoto.”

O amor à pátria parece ser comum a todos os povos. Talvez não exista um só país que não o adote como regra de ouro e máxima do civismo. No Japão também, até o fim da guerra, um forte sentimento de amor à pátria tomava conta de toda a população. Uma das causas, naturalmente, era o regime imperialista, em que o Imperador era o símbolo do povo, adorado como a encarnação de Deus. O fato está nitidamente gravado em nossa memória.

É obvio que o respeito e a crença na eternidade da família imperial criaram esse sentimento no povo e que certo grupo de ambiciosos e de governantes exerceu enorme influência sobre o ensino e a propaganda, fazendo com que tudo saísse a seu favor. Como resultado, construiu-se uma nação singular, como jamais se viu outra igual. Considerando-se um país Divino, o Japão acabou caindo na auto-satisfação, fez-se de “filhinho mimado”, sem ao menos ser tão rico assim. Habilmente, os escolásticos insuflaram esse complexo de superioridade em termos lógicos e históricos, o que foi desastroso. Assim, o sentimento de lealdade e patriotismo assolou o país inteiro, e o povo acabou por achar muito normal fazer qualquer coisa em prol da nação e do Imperador, até mesmo sacrificar a própria vida. Isto era considerado o mais elevado ato moral.

Com a perda da guerra, o orgulho dos japoneses voou longe e, ao contrário, até nasceu neles um sentimento de inferioridade. Nessa ocasião, houve uma declaração do Imperador que deixou o povo perplexo: “Eu não sou Deus, sou um homem”. Surgiu, então, a nova Constituição, que dizia estar o poder nas mãos do povo. Dessa forma, o Japão se tornou uma nação democrática. Foi realmente um acontecimento inédito desde o começo de sua existência histórica. Além disso, a mudança de posição do Imperador, que antes se colocava na posição de Deus, determinou que, à exceção dos intelectuais, o futuro da grande massa popular, já sem razão de existência, ficasse totalmente obscuro. E todos sabem que o povo acabou por perder o rumo, situação que continua até os dias de hoje.

A propósito, houve um fato muito engraçado. Logo após o término da guerra, todas as pessoas que se encontravam comigo diziam, com expressão desapontada: “O ‘vento Divino’ acabou não soprando, não é?” Então eu respondia: “Não digam tolices. O “vento Divino” soprou, mas você o estavam interpretando erradamente. Em verdade, a Vontade de Deus é ajudar o Bem e castigar o Mal. Já que o Japão é que estava errado, é natural que tenha perdido a guerra. Portanto, ao invés de nos lamentarmos, deveríamos agradecer e até comemorar. Como não podemos fazer isso, temos de ficar quietos, mas virá o dia em que todos compreenderão a verdade”. Ouvindo essas palavras, as pessoas diziam: “Entendi perfeitamente”, e voltavam alegres para suas casas.

Através desse fato, podemos ver que os japoneses deixavam em segundo plano o que é bom e o que é mau, quando se tratava de assuntos relativos à Nação. Pensando apenas no seu próprio bem, chegaram a criar e propagar o “slogan” “Hakko iti u” (o mundo sob a égide do Japão) e a julgar que, se o seu país estivesse bem, pouco importavam os outros países. Isso foi considerado lealdade e patriotismo, e assim os japoneses vieram avançando como cavalos refreados a cabresto. Desde essa época, portanto, estava sendo plantada a semente terrível da catástrofe.

Quando pensamos em tudo isso, compreendemos que o amor à pátria deve estar de acordo com a época. Além do mais, se não for com base no conceito do Bem e do Mal, do certo e do errado, é impossível formar um plano a longo prazo, em termos nacionais. Sendo assim, vou mostrar o sentimento de amor à pátria que está de acordo com a era vindoura.

Em termos mais claros, o fundamental é tornar “Daijo” o pensamento do Japão, que até então era “Shojo”. Sintetizando: criar o amor internacional, o amor humanitário, isto é, amar o mundo por amar o Japão. Atualmente, tudo está se tornando universal e internacional, e as aspirações independentes e transcendentais já se tornaram sonho do passado. Consequentemente, em termos concretos, o amor à pátria, daqui para frente, deve consistir, antes de mais nada, em tornar segura a vida de nossos irmãos – noventa milhões de pessoas – e fazer do Japão uma nação justa, baseada na moral, merecedora do respeito do mundo inteiro. A propósito, existe o problema do rearmamento, que está em ativa discussão. As teses desfavoráveis e contrárias acham-se em confronto há algum tempo e não se obtém nenhuma solução. Entretanto, acho que não é um problema tão difícil assim. Encarando-o como um problema real, logo compreenderemos a solução adequada, ou seja, abandonar o rearmamento se houver garantia de que não há absolutamente nenhum país que possa invadir o Japão; caso contrário, fazer uma defesa de acordo com a capacidade do país.

Alicerce do Paraíso, “Novo conceito de amor à Pátria” – 03/dezembro/1952

terça-feira, 27 de março de 2012

“Ainda que sejamos muito eloquentes, se as nossas palavras não forem ditas com makoto, não produzirão nenhum efeito.”

luzNa Bíblia está escrito: “No princípio era o verbo. Todas as coisas foram feitas por ele”. Isso se refere à ação do espírito da palavra. Começarei explicando o significado fundamental dessa expressão.

A palavra, naturalmente, é emitida pela ação da voz, da língua, dos lábios e do maxilar inferior, mas a origem dessa emissão, não resta dúvida, é o pensamento, que se manifesta em forma de palavras. O pensamento é a manifestação da vontade. Suponhamos que surja no homem alguma vontade. Para manifestá-la através de palavras, o pensamento entra em ação. Naturalmente, na ação do pensamento ocorre o discernimento do correto e do incorreto, do bem e do mal, do sucesso e do insucesso, etc. O conjunto disso é a inteligência, e sua manifestação é o espírito da palavra; a materialização do espírito da palavra é a ação. Baseados nesse princípio, não estaremos equivocados se dissermos que existem três níveis: pensamento, espírito da palavra e ação. Assim, o pensamento está ligado ao Mundo Espiritual; o espírito da palavra, ao Mundo do Espírito da Palavra; a ação, ao Mundo Material. Isto é, o espírito da palavra fica entre o oculto e o manifesto. Pode-se dizer que ele é mediador entre o pensamento e a ação. Através disso, poderão compreender quão importante é o seu papel.

O espírito da palavra é semelhante a uma marionete: a manifestação da alma ou do espírito fica à sua mercê. Irritar as pessoas ou fazê-las rir, preocupá-las ou tranquilizá-las, entristecê-las ou alegrá-las, provocar conflitos ou paz, obter sucesso ou insucesso, tudo dependo do espírito da palavra. Usá-lo de forma leviana é muito perigoso.

Por outro lado, apenas manejar habilmente o espírito da palavra, não passaria de uma simples técnica. A pessoa se assemelharia a um humorista, comediante ou comentarista. Se na base do espírito da palavra não houver força para a manifestação de um grande poder, não há qualquer sentido. Mas, tratando-se de força, existe a benigna e maligna. Ou seja, o espírito das palavras malignas constitui pecado, e o espírito das palavras benignas constitui virtude. Assim, o homem deve se esforçar para usar o espírito das palavras benignas. Nestas, evidentemente, o fundamental é o “makoto”, que se origina de Deus. Portanto, não há outro recurso senão reconhecer a existência de Deus. Se a pessoa não for religiosa, não conseguirá manifestar o verdadeiro makoto, e por isso não se manifestará a força benigna no espírito da palavra.

“A respeito do espírito da palavra” - 1950

segunda-feira, 26 de março de 2012

Leitura Diária da Prática do Sonen

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO SONEN

  1. Eu tenho a partícula divina e o Messias dentro de mim e as outras pessoas também. Por isso, todos nós somos representantes de Deus e do Messias.
  2. Sou a soma dos meus antepassados. Por isso, sou representante de todos eles e reconheço que eles se manifestam através dos meus pensamentos e sentimentos para que eu os encaminhe ao Messias Meishu-Sama, para que sejam purificados e salvos;
  3. Junto com meus antepassados quero servir à Obra Divina como instrumento de Meishu-Sama, o Messias.
  4. Agradeço pela permissão de servir, hoje, à Obra Divina, junto com meus antepassados.

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO ENCAMINHAMENTO DOS NOSSOS ANTEPASSADOS SOFREDORES PARA O MESSIAS MEISHU-SAMA PURIFICAR E SALVAR.

  1. Eu reconheço que este sofrimento que está se manifestando em mim é um sinal de algum antepassado que está sofrendo e precisa ser purificado e salvo.
  2. Antepassado, vou encaminhar este seu sofrimento ao Messias Meishu-Sama pra que seu espírito seja purificado e salvo;
  3. Meishu-Sama, por favor, receba este sofrimento do meu antepassado e permita que seu espírito seja purificado e salvo.

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO SONEN DE GRATIDÃO, ENCAMINHANDO A ALEGRIA E A FELICIDADE DOS NOSSOS ANTEPASSADOS PARA O MESSIAS MEISHU-SAMA, FAZENDO O DONATIVO DE GRATIDÃO.

  1. Messias Meishu-Sama, Salvador da humanidade, por favor, receba toda a alegria e felicidade dos meus antepassados que estão se manifestando dentro de mim. Não há palavras que traduzam a minha gratidão.
  2. Entrego minha gratidão ao Supremo Deus, em nome do Messias Meishu-Sama, como seu instrumento, junto com meus antepassados e junto com muitas pessoas.

sábado, 24 de março de 2012

Verdade, Bem e Belo

verdade bem e belo Conforme tenho dito, o Paraíso Terrestre que idealizamos é um mundo de perfeita Verdade, Bem e Belo. Mas gostaria de escrever a respeito com maiores detalhes.

Para seguir a ordem, começarei explicando o que entendemos por VERDADE. Evidentemente, referimo-nos à manifestação concreta da Verdade, isto é, a própria realidade, autêntica, expressa corretamente, sem o mínimo erro, impureza ou obscuridade. A cultura desenvolvida até o presente vinha confundindo e considerando como verdade muita coisa que não o era, e por issso muitos conceitos falsos eram tidos como verdadeiros. Entretanto, ninguém percebeu isso, porque, obviamente, a cultura era de baixo nível.

Basta observarmos a sociedade atual para percebermos que a maioria dos homens são forçados a trabalhar desde a manhã até a noite para ganhar o pão de cada dia, fazendo-o sem nenhuma parcela de ânimo, alegria e esperança, mas apenas para se manterem vivos. Embora estejam se afogando num lamaçal de preocupações, motivadas pela doença, pelas dificuldades financeiras e pelo medo da guerra, eles insistem em dizer que este mundo em que vivemos é avançado, civilizado. Não obstante, observando com rigorosa imparcialide, percebemos que quase todos os homens lutam entre si, odeiam-se e entram em choque, tal como os animais, agonizando num redemoinho de insegurança e ansiedade; é como se estivéssemos olhando o próprio Inferno. E este é justamente o resultado da cultura da pseudoverdade, à qual me referi há pouco. Os próprios intelectuais não percebem issso e, acreditando tratar-se de um mundo civilizado, continuam a enaltecê-lo. Coitados, são dignos de nossa compaixão…

O mesmo acontece com a doença, por exemplo. Justamente porque a Medicina está em desacordo com a Verdade, todos os lugares estão repletos de pessoas doentes. É tuberculose, é disenteria infecciosa, é meningite, é derrame cerebral, é paralisia infantil, envim são inúmeras espécies de doenças. E eis a justificativa que dão para isso: “Antigamente também existiam várias enfermidades, só que a Medicina não estava desenvolvida a ponto de descobri-las; hoje, porém, ela adquiriu essa capacidade”. Insistindo sobre o assunto, o que nós desejamos é que o número de doentes diminua e o número de homens realmente saudáveis aumente. Apenas isso, vejamos.

Os homens contemporâneos temem exageradamente a doença. Por essa razão, as autoridades e os especialistas preocupam-se com a higiene e empenham-se na prevenção das doenças. O mais engraçado nisso é a vacina preventiva: ela mesmo é que não cura; não passa de um simples paliativo. Dessa forma, a Medicina nem ao menos sabe distinguir a cura temporária da cura verdadeira e radical. E, mesmo que soubesse, não adiantaria nada, pois desconhece o método para erradicar a doença. Além do mais, como ignora completamente que ele é uma Providência de Deus para aumentar a saúde, empenha-se tão simplesmente em deter sua marcha, pensando que isso é progresso. Outrossim, por total desconhecimento de que esse método se torna origem da doença – como mostra a realidade – quanto mais a ciência progride, mais se multiplicam as enfermidades e o número de doentes, diminuindo cada vez mais a resistência física. Por isso, os homens sofrem de cansaço e insônia, não têm persistência, não podem fazer qualquer excesso; caso pratiquem um exercício um pouco mais pesado, acabam sentindo-se “quebrados”. Por quê? Isso não é incompreensível? A realidade mostra-nos, porém, que, seguindo-se o princípio da doença ensinado por nossa Igreja e recebendo-se Johrei, as doenças desaparecem e as pessoas tornam-se verdadeiramente saudáveis.

A seguir, escreverei a respeito do bem, que evidentemente, é o contrário do mal. Mas o que é o mal? Ele é causado pelo ateísmo nascido do pensamento materialista, e o bem é o seu oposto: nasceu do teísmo. Esta é a Verdade. Entretando, como a razão da ciência consiste na negação do teísmo, que é a Verdade, quanto mais ela progride, mais aumenta o mal, sendo assim, o progresso da cultura não passa de superficial. Dessa forma, reconhecemos os méritos da ciência, mas não podemos deixar de levar em conta o mal que ela produz. Sem perceber isso, os homens enaltecem apenas seus pontos positivos e, elaborando habilidosas teorias para ocultar-lhes os pontos negativos, subjugam as classes dirigentes e levam-nas a concluir que, sem a ciência, não terá solução. Assim, acabaram por afastar-se da felicidade espiritual.

Em seguida, analisemos o belo, que também constitui um problema.

De fato, acompanhando o desenvolvimento da cultura, os elementos representativos do belo multiplicaram-se e, individualmente, estão em nível satisfatório, mas o povo não consegue usufruir deles. Somente uma parte – a classe privilegiada – desfruta de boas roupas, boa alimentação e boas moradias, enquanto a classe popular mal consegue alimentar-se, não tendo condições para pensar no belo. Talvez isso ocorra apenas no Japão, mas essas pessoas dispõem de alimento simplesmente para matar a fome; de casa, para dormir; de ruas, para passagem e condução, e onde têm de enfrentar os empurra-empurras; Da mesma forma, a sociedade não consegue gozar das belezas naturais, que são dádivas de Deus, tal como as montanhas, as águas, as plantas e as flores, enm das belezas artísticas criadas pelo homem. Assim, não obstante o grande desenvolvimento da civilização, uma vez que toda a humanidade não pode usufruir de tais dádivas, o mundo contemporâneo é realmente o paraíso dos ricos e o inferno dos pobres. A causa disso é a existência de uma grande falha em algum lugar da civilização; quando essa falha for corrigida e a felicidade desfrutada equitativamente, o mundo será de fato civilizado. Essa é a missão da Igreja Messiânica Mundial.

Por tudo que aqui foi exposto, creio que puderam entender o verdadeiro significado da Verdade, do Bem e do Belo, mas o mais importante é o poder de concretizá-los. De nada adiantarão as palavras se elas constituírem apenas um lema pintado num quadro. Todavia, devemos alegrar-nos, pois este sonho tão almejado está para se tornar uma realidade em nosso planeta.

Alicerce do Paraíso – Vol.1 – 25/setembro/1953

Concretização da Verdade

imagesCAE3CEB0 O verdadeiro objetivo da religião é a concretização da Verdade.

Mas o que é a Verdade?

A Verdade é o próprio estado natural das coisas. O Sol desponta no nascente e desaparece no poente; o homem inevitavelmente caminha para a morte (essa morte a que a que o budismo se refere com as expressões “tudo que nasce está sujeito a desaparecer” e “todo encontro está condenado à separação”). O homem manter-se vivo através da respiração e da alimentação também é Verdade. A mente humana anda tão confusa, que preciso insistir sobre assunto tão óbvio.

Observando os revoltantes aconteecimentos deste mundo, o caos reinante na sociedade, os conflitos, a desordem, o pecado, é impossível negar que tudo contribui mais para a infelicidade do que para a felicidade do homem. Precisamos, pois, conhecer a razão de tais coisas. Tudo se baseia no fato de estarmos longe da Verdade – isso é evidente. O problema é que não temos consciência disso.

Vou explicar meu ponto de vista.

Vejo que o homem moderno perdeu a noção da Verdade. Parece que a vida se mostra tão difícil para ele, que lhe falta tempo para refletir sobre o assunto. A religião, também, até hoje não tinha condições para esclarecer o que é a Verdade e transmitia noções falsas acreditando serem verdadeiras. Se a Verdade pudesse ter sido revelada tal qual é, a situação humana seria muito melhor. Talvez até tivéssemos construído algo semelhante ao Paraíso Terrestre.

Mas é chegado o tempo de revelar a Vontade de Deus e pregar a Verdade, para que esta possa se concretizar. E a Vontade de Deus é que ela seja transmitida claramente. Se aqueles que lerem minhas palavras tiverem a mente livre de preconceitos, certamente há de obter a correta vissão da Verdade.

Gostaria de dar uma explicação que todos compreendessem.

O homem adoece porque se distancia da Verdade e por motivo idêntico não consegue curar-se. Política errônea, má ideologia, aumento de crimes, crise financeira, inflação e deflação, tudo isso se deve, também, ao fato de o homem desviar-se da Verdade.

Tudo que desejamos logo se realizaria se estivéssemos de acordo com a Verdade; foi com esse propósito que Deus criou a sociedade humana. Eis por que não é difícil a formação de uma sociedade ideal, nem é impossível ser feliz. Nisto reside a possibilidade do advento do Paraíso Terrestre.

Alguns talvez achem estranos meus pontos de vista, mas há razão para isso. Tudo que estou dizendo tem muita lógica. Minhas idéias só parecerão estranhas a quem não estiver voltado para a Verdade. Quanto mais absurdas elas parecerem, mais evidente se tornará a distância do mundo em relação à Verdade.

Deus concedeu ao homem a liberdade infinita. Eis a Verdade. As outras criaturas, como os animais e os vegetais, gozam de liberdade limitada. Aqui se percebe a superioridade do homem. Falar da sua liberdade, é dizer que ele ocupa o ponto médio entre os dois extremos – o animal e o Divino.

Quando ele se eleva, torna-se Divino; quando se corrempe, equipara-se ao animal. Se desenvolvermos esse princípio, veremos que basta o homem querer para que o mundo se converta em paraíso. Caso contrário, ele faz do mundo um inferno. Esta é a Verdade. Não há dúvidas quanto à escolha: a não ser uma pessoa de espírito satânico, ninguém desejará ocupar a extremidade animal.

De acordo com o que acabamos de expor, a formação do Paraíso Terrestre vem a ser o objetivo final do ser humano, e o único recurso para atingi-lo é a concretização da Verdade. Sendo esta a missão básica da religião, eu prego a Verdade e me esforço e trabalho incessantemente para concretizá-la.

Alicerce do Paraíso – vol.1 – 16/julho/1949

sexta-feira, 23 de março de 2012

“O makoto das pessoas que não conhecem Deus é mera forma. Só aqueles que O conhecem, possuem o verdadeiro makoto.”

imagesCA01GSA4Acredito que jamais houve uma época em que a sociedade estivesse tão deteriorada como hoje. A melhor prova disso evidencia-se no rápido aumento de crimes, na superlotação de presídios, na grande quantidade de processos por solucionar, no reduzido número de casos solúveis, etc.

A realidade acima é apenas uma manifestação superficial, ou seja, a ponta de um “iceberg”. A seguir, vou apresentar a minha experiência.

Naturalmente, faço entrevistas com numerosos fiéis e contacto com pessoas de vários níveis sociais. Evito o máximo encontrar-me com pessoas que não são membros da Igreja, mas há ocasiões em que isso é inevitável. Dessa maneira, passo a conversar com essas pessoas e a ter contato com suas ações, mas dificilmente encontro criaturas nas quais posso realmente confiar. Algumas parecem pessoas de caráter; a maioria, porém, efetivamente não é gente interessante. Sem qualquer temor, logo começam a proferir mentiras que podem ser desmascaradas na hora; mesmo durante a entrevista mentem. Como consigo perceber isso, minha tristeza ao ouvi-las é ilimitada. Seu único intento é enganar-me, para obter dinheiro e bens materiais. Ultimamente estou fazendo tudo para não me encontrar com esse tipo de gente.

Parece que essas pessoas pensam que eu sou filhinho de papai. Menosprezam-me logo de saída. Como eu consigo fugir habilmente, elas ficam assustadas. De fato é muito engraçado. Muitas vezes, elas ficam arrependidas, por ser uma situação totalmente imprevista; realmente são imbecis. Tenho vontade de dizer-lhes: “Como poderei salvar a humanidade sendo enganado por texugos como vocês?” Pensem bem, se eu fosse muito indulgente, não poderia ser respeitado por várias dezenas de milhares de pessoas e não haveria razão para conseguir tão grande grande expansão em curto espaço de tempo, não é verdade? As pessoas não conseguem ver essa realidade; só posso considerá-las cegos de olhos abertos.

O número de criaturas como as que eu referi acima é surpreendentemente elevado. Todavia, os seus métodos são realmente muito hábeis e quase inesgotáveis. Fico imaginando sempre com pena: “Se elas utilizassem sua inteligência para o Bem, poderiam obter um grande sucesso”. Pensando um pouco mais profundamente, no entanto, acho que essas pessoas conseguem ter tal inteligência por se tratar de ações malignas; sentindo-se incapazes de ações benignas, creio que por isso elas recorrem ao Mal. Em suma, são pessoas inteligentes apenas superficialmente; na verdade são tolas.

O interessante é a absoluta diferença entre os membros e os não-membros. Quando trato com pessoas que não são membros, sinto-me em extremo perigo; com os membro, ao contrário, sinto-me como se estivesse lidando com meus filhos. É completamente diferente, como se fosse Deus e Satanás. Com relação a isso, sempre penso na diferença básica entre ter e não ter fé. Enfim, chego a pensar que, se não for religiosa, a pessoa não se inclui no rol dos homens.

Assim, devemos formar o maior número de membros, caso contrário, as perspectivas de futuro para o Japão serão deploráveis demais.

Jornal Hikari no 47, “Aspecto da atual sociedade” – 28/janeiro/1950