quinta-feira, 29 de março de 2012

“Se você deseja corresponder à Vontade de Deus, torne-se uma pessoa que deseja a felicidade do próximo.”

“É preciso ter pleno conhecimento de que existem dois tipos de amor: o amor Shojo (restrito) e o amor Daijo (amplo). O exemplo mais extremo de amor Shojo é o amor próprio; em seguida, por ordem, o amor entre os familiares, os amigos, a comunidade, as classes, o amor pela pátria e o amor pelo povo. Todos esses tipor de amor são amor Shojo. Por mais ardentes que sejam, acabam constituindo um mal, pois dão origem a conflitos. imagesCAK3QE1FEntão o que é o amor Daijo? É o amor à humanidade, o amor ao mundo, o amor de Deus. Se acordo com esse princípio, o amor Shojo é um amor limitado; consequentemente, por mais que se preguem esplêndidas teorias, ele representa um perigo, A causa das guerras está nessa amor. Para erradicar totalmente a guerra, torna-se necessário que o amor ao mundo se espalhe por toda a humanidade, tornando-se um ideal comum. Não existe outro meio além desse para eliminar completamente a guerra.

Com base no argumento acima, é preciso saber que o princípio de todos os conflitos está no amor Shojo. E uma coisa incompreensível é que mesmo as religiões que pregam o amor, infalivelmente possuem conflitos internos. Hoje em dia não existem conflitos religiosos tão grandes assim, mas as Cruzadas da antiga Europa, entre outros movimentos, fizeram guerras religiosas. Mesmo no Japão, existiam, antigamente, os chamados monges soldados. Os bonzos pegavam nas armas e guerreavam, e isso também está claro na História.

Sendo assim, a religião que está em conflito perde rapidamente sua qualificação como entidade religiosa. Nesse sentido, caso se trate de uma religião verdadeira, ela deve pregar o amor ao mundo e, ao mesmo tempo e, ao mesmo tempo, transformá-lo em prática; esse é o procedimento de uma religião Daijo. A nossa Igreja Messiânica Mundial tem como base o amor Daijo e promove a salvação da humanidade, por isso recebe o nome de Mundial.

Jornal Eiko no 166, “Amor Daijo” – 23/julho/1952

“A felicidade que sentimos quando fazemos outras pessoas felizes é uma felicidade inigualável.”

imagesCABH3ISRConforme já expliquei, o destino e até mesmo a vida e a morte são determinados pelos designios de Deus. A letra que forma a palavra “mei” (desígnio), a qual também figura em “seimei” (vida) é a mesma que “meirei”(ordem). A morte é o cancelamento da ordem de Deus. A ordem é cancelada porque o indivíduo está causando danos ao mundo, perdendo o valor da sua existência. Assim, o homem precisa lutar para a sua ordem não ser cancelada, para ser amado por Deus e para tornar-se útil à sociedade, caso contrário não poderá ter vida longa e feliz.

Quanto mais perto do nível superior das camadas do Mundo Espiritual, menor é o sofrimento com doença, pobreza e conflito. Os espíritos gozam de saúde vigorosa, são afortunados, suas vestimentas, alimentos e moradias são soberbos. Como eles levam uma vida alegre, a felicidade de Yukon aí posicionado é transmitida diretamente ao homem, no Mundo Material, por meio do elo espiritual, tornando-o feliz. Ao contrário, o Yukon que se encontra nas camadas inferiores do Mundo Espiritual reflete-se no homem, através do elo espiritual, e ele leva uma vida infernal, passa a vida toda infeliz.

Existem pessoas que se interessam pela fisiognomonia e pelos pontos cardeais de uma casa, mas quem se encontra no nível superior das camadas do Mundo Espiritual, quando vai se mudar ou construir uma moradia, muda-se naturalmente para uma que esteja bem bem localizada e tenha bom aspecto. Ao contrário, se a pessoa está no nível inferior das camadas do Mundo Espiritual, por mais que se esforce, muda-se para uma casa mal localizada e de mau aspecto. Também no que se refere a casamento, a boa ou má afinidade deve-se ao mesmo princípio, a Lei da Identidade Espírito-Matéria. Portanto, ninguém pode se rebelar contra essa força absoluta.

Agora darei uma breve explicação sobre predestino e destino. O predestino é determinado desde o nascimento, sendo limitado a um dos três planos do Mundo Espiritual – Superior, Intermediário e Inferior –, e é impossível ultrapassar esse limite. O destino depende do esforço feito para se atingir o nível mais alto ou o nível mais baixo do plano predestinado. Portanto, em relação à imutabilidade do predestino, o destino concede uma certa liberdade.

O homem deve sempre acumular virtudes, diminuindo os seus pecados, para que o seu Yukon se eleve a camadas cada vez mais altas do Mundo Espiritual. Não existe outro caminho, além desse, para o homem se tornar feliz.

Coletânea Série Jikan vol.3, “Camadas do Mundo Espiritual” – 25/agosto/1949

“Meu único empenho é concretizar aquilo a que a humanidade aspira.”

imagesCABLRBFVEu, também, tenho vários sofrimentos. Acho isso muito natural, porque meu trabalho é desbravar o mundo das trevas, em que Satanás e Daiba estão agindo à solta. É como se eu estivesse rodeado por uma cerca de lanças representadas pela inveja, pela perseguição, pelos mal-entendidos, pela má fama, etc. Como preciso romper esta cerca e pouco a pouco vou expandindo o Paraíso neste mundo infernal, as dificuldades que encontro estão além da imaginação. Mas estou seguro de que meus sofrimentos não são maiores, como poderia parecer a quem está de fora, porque tenho a grandiosa proteção de Deus. Eu próprio me considero a pessoa mais feliz deste mundo e julgo-me dono de um destino muito misterioso, motivo pelo qual sempre vivo agradecido.

Tenho, porém, sofrimentos que as pessoas desconhecem. Passarei a escrever sobre o maior deles. É justamente o que se refere à medicina moderna, cujos erros durante muito tempo vim apontando através da palavra escrita e oral. Entretanto, para dizer a verdade, até agora não pude colocar a questão a nu. Sempre procurei ter o cuidado de abrandar ao máximo as minhas palavras, a fim de evitar choques, pois receava que, se expusesse toda a verdade, o resultado fosse desastroso. Além disso, mesmo que eu quisesse falar abertamente, havia uma terminante proibição de Deus nesse sentido, obrigando-me a esperar até o momento certo. Deus me fez profundas revelações sobre a saúde e a doença do homem. Não fosse assim, eu não poderia afirmar algo de tamanha grandeza: a construção de um mundo sem doenças. Se falo claramente, é porque tenho absoluta convicção do que estou dizendo.

Por essas razões, a solução do problema da doença constitui a base fundamental para eliminar o sofrimento da humanidade. Entretanto, analisando a situação em que esta se encontra, devo dizer que é demasiado trágica. E eu, que vejo tal situação , sofre de maneira quase insuportável, porque Deus ainda não me permitiu divulgar a verdadeira solução do problema. É como se me encontrasse prensado entre duas tábuas. Não consigo, portanto, disfarçar o meu estado de espírito, a minha ânsia de que chegue o mais breve possível o tempo de divulgar a Verdade.

Jornal Kyusse no 65, “Um sofrimento” – 03/junho/1950

AMOR AO PRÓXIMO

“Nobre é o homem que, desejando o bem do próximo, coloca-se em segundo plano.”

untitledCerta ocasião, uma senhora me disse: “Tenho a impressão de que, ao morrer, irei para o Inferno, mas quero ir para o Paraíso.”

Respondi-lhe: “Não me importa cair no Inferno. Desde que, antes, eu consiga levar todas as pessoas do mundo para o Paraíso. Se, mesmo assim, eu for para o Inferno, não tem importância. Penso o contrário da senhora.”

Aí, ela falou: “O senhor pensa assim, porque é homem. Mulher é diferente.”

Há uma diferença radical entre não querer ir para o Inferno, mas para o Paraíso, e querer que as pessoas subam ao Paraíso, ainda que se desça ao Inferno. Na verdade, quem pensa em conduzir as pessoas ao Paraíso, também irá para lá. Quem deseja ir para o Paraíso, acredito que não irá para o Inferno, mas ficará no nível inferior do Mundo Superior ou no Mundo Intermediário.

Coletânea de Ensinamentos vol.23 – 27/junho/1953

quarta-feira, 28 de março de 2012

“Seja qual for o sofrimento que a pessoa enfrente, se ela caminhar baseada apenas no makoto, jamais vacilará.”

GRATIDÃOInterlocutor: Fui atingido pelo infortúnio da guerra, em Tóquio, e atualmente estou residindo em outro local. Embora eu tenha ardente desejo de trabalhar bastante para o Caminho da Salvação, embora suporte os seguidos sofrimentos materiais e espirituais, não consigo dedicar como gostaria. Qual será o motivo?

Meishu-Sama: É porque você possui muitas máculas e, também, porque tem uma grande missão. Quem tem maior missão, precisa um polimento maior. Por esse motivo, quando a pessoas tem fé, mesmo tendo purificações difíceis, Deus sempre manifesta milagres e algo de bom, para que ela seja capaz de suportar as purificações sem perder as esperanças. Basta que a fé não se abale para que as coisas comecem a melhorar gradativamente, sem que seja preciso sofrer tanto. Consequentemente, devemos entender que se trata de um sofrimento para melhorar.

Revista Tijô-Tengoku no 2 – 01/março/1949

“Com a bengala do makoto, poderemos caminhar até mesmo num mundo cheio de preocupações e sofrimentos.”

É necessário que a Tie Shokaku (Inteligência da Percepção Verdadeira) atue e, para isso, tudo dependerá das toxinas que a pessoa possui na cabeça, e das suas condições psicológicas. Se houver um mínimo de pensamento impuro ou má intenção, a inteligência ficará nublada e não poderá atuar. Se no pensamento da pessoa não houver impurezas, e sim o desejo de se empenhar realmente pelo bem do mundo e dos homens, a inteligência atuará. è por esse motivo que o homem de maus pensamentos, infalivelmente, fracassa.

Coletânea de Ensinamentos vol.26 – 05/setembro/1953

“O único poder que constrói um mundo de paz, é o makoto.”

O amor à pátria parece ser comum a todos os povos. Talvez não exista um só país que não o adote como regra de ouro e máxima do civismo. No Japão também, até o fim da guerra, um forte sentimento de amor à pátria tomava conta de toda a população. Uma das causas, naturalmente, era o regime imperialista, em que o Imperador era o símbolo do povo, adorado como a encarnação de Deus. O fato está nitidamente gravado em nossa memória.

É obvio que o respeito e a crença na eternidade da família imperial criaram esse sentimento no povo e que certo grupo de ambiciosos e de governantes exerceu enorme influência sobre o ensino e a propaganda, fazendo com que tudo saísse a seu favor. Como resultado, construiu-se uma nação singular, como jamais se viu outra igual. Considerando-se um país Divino, o Japão acabou caindo na auto-satisfação, fez-se de “filhinho mimado”, sem ao menos ser tão rico assim. Habilmente, os escolásticos insuflaram esse complexo de superioridade em termos lógicos e históricos, o que foi desastroso. Assim, o sentimento de lealdade e patriotismo assolou o país inteiro, e o povo acabou por achar muito normal fazer qualquer coisa em prol da nação e do Imperador, até mesmo sacrificar a própria vida. Isto era considerado o mais elevado ato moral.

Com a perda da guerra, o orgulho dos japoneses voou longe e, ao contrário, até nasceu neles um sentimento de inferioridade. Nessa ocasião, houve uma declaração do Imperador que deixou o povo perplexo: “Eu não sou Deus, sou um homem”. Surgiu, então, a nova Constituição, que dizia estar o poder nas mãos do povo. Dessa forma, o Japão se tornou uma nação democrática. Foi realmente um acontecimento inédito desde o começo de sua existência histórica. Além disso, a mudança de posição do Imperador, que antes se colocava na posição de Deus, determinou que, à exceção dos intelectuais, o futuro da grande massa popular, já sem razão de existência, ficasse totalmente obscuro. E todos sabem que o povo acabou por perder o rumo, situação que continua até os dias de hoje.

A propósito, houve um fato muito engraçado. Logo após o término da guerra, todas as pessoas que se encontravam comigo diziam, com expressão desapontada: “O ‘vento Divino’ acabou não soprando, não é?” Então eu respondia: “Não digam tolices. O “vento Divino” soprou, mas você o estavam interpretando erradamente. Em verdade, a Vontade de Deus é ajudar o Bem e castigar o Mal. Já que o Japão é que estava errado, é natural que tenha perdido a guerra. Portanto, ao invés de nos lamentarmos, deveríamos agradecer e até comemorar. Como não podemos fazer isso, temos de ficar quietos, mas virá o dia em que todos compreenderão a verdade”. Ouvindo essas palavras, as pessoas diziam: “Entendi perfeitamente”, e voltavam alegres para suas casas.

Através desse fato, podemos ver que os japoneses deixavam em segundo plano o que é bom e o que é mau, quando se tratava de assuntos relativos à Nação. Pensando apenas no seu próprio bem, chegaram a criar e propagar o “slogan” “Hakko iti u” (o mundo sob a égide do Japão) e a julgar que, se o seu país estivesse bem, pouco importavam os outros países. Isso foi considerado lealdade e patriotismo, e assim os japoneses vieram avançando como cavalos refreados a cabresto. Desde essa época, portanto, estava sendo plantada a semente terrível da catástrofe.

Quando pensamos em tudo isso, compreendemos que o amor à pátria deve estar de acordo com a época. Além do mais, se não for com base no conceito do Bem e do Mal, do certo e do errado, é impossível formar um plano a longo prazo, em termos nacionais. Sendo assim, vou mostrar o sentimento de amor à pátria que está de acordo com a era vindoura.

Em termos mais claros, o fundamental é tornar “Daijo” o pensamento do Japão, que até então era “Shojo”. Sintetizando: criar o amor internacional, o amor humanitário, isto é, amar o mundo por amar o Japão. Atualmente, tudo está se tornando universal e internacional, e as aspirações independentes e transcendentais já se tornaram sonho do passado. Consequentemente, em termos concretos, o amor à pátria, daqui para frente, deve consistir, antes de mais nada, em tornar segura a vida de nossos irmãos – noventa milhões de pessoas – e fazer do Japão uma nação justa, baseada na moral, merecedora do respeito do mundo inteiro. A propósito, existe o problema do rearmamento, que está em ativa discussão. As teses desfavoráveis e contrárias acham-se em confronto há algum tempo e não se obtém nenhuma solução. Entretanto, acho que não é um problema tão difícil assim. Encarando-o como um problema real, logo compreenderemos a solução adequada, ou seja, abandonar o rearmamento se houver garantia de que não há absolutamente nenhum país que possa invadir o Japão; caso contrário, fazer uma defesa de acordo com a capacidade do país.

Alicerce do Paraíso, “Novo conceito de amor à Pátria” – 03/dezembro/1952

terça-feira, 27 de março de 2012

“Ainda que sejamos muito eloquentes, se as nossas palavras não forem ditas com makoto, não produzirão nenhum efeito.”

luzNa Bíblia está escrito: “No princípio era o verbo. Todas as coisas foram feitas por ele”. Isso se refere à ação do espírito da palavra. Começarei explicando o significado fundamental dessa expressão.

A palavra, naturalmente, é emitida pela ação da voz, da língua, dos lábios e do maxilar inferior, mas a origem dessa emissão, não resta dúvida, é o pensamento, que se manifesta em forma de palavras. O pensamento é a manifestação da vontade. Suponhamos que surja no homem alguma vontade. Para manifestá-la através de palavras, o pensamento entra em ação. Naturalmente, na ação do pensamento ocorre o discernimento do correto e do incorreto, do bem e do mal, do sucesso e do insucesso, etc. O conjunto disso é a inteligência, e sua manifestação é o espírito da palavra; a materialização do espírito da palavra é a ação. Baseados nesse princípio, não estaremos equivocados se dissermos que existem três níveis: pensamento, espírito da palavra e ação. Assim, o pensamento está ligado ao Mundo Espiritual; o espírito da palavra, ao Mundo do Espírito da Palavra; a ação, ao Mundo Material. Isto é, o espírito da palavra fica entre o oculto e o manifesto. Pode-se dizer que ele é mediador entre o pensamento e a ação. Através disso, poderão compreender quão importante é o seu papel.

O espírito da palavra é semelhante a uma marionete: a manifestação da alma ou do espírito fica à sua mercê. Irritar as pessoas ou fazê-las rir, preocupá-las ou tranquilizá-las, entristecê-las ou alegrá-las, provocar conflitos ou paz, obter sucesso ou insucesso, tudo dependo do espírito da palavra. Usá-lo de forma leviana é muito perigoso.

Por outro lado, apenas manejar habilmente o espírito da palavra, não passaria de uma simples técnica. A pessoa se assemelharia a um humorista, comediante ou comentarista. Se na base do espírito da palavra não houver força para a manifestação de um grande poder, não há qualquer sentido. Mas, tratando-se de força, existe a benigna e maligna. Ou seja, o espírito das palavras malignas constitui pecado, e o espírito das palavras benignas constitui virtude. Assim, o homem deve se esforçar para usar o espírito das palavras benignas. Nestas, evidentemente, o fundamental é o “makoto”, que se origina de Deus. Portanto, não há outro recurso senão reconhecer a existência de Deus. Se a pessoa não for religiosa, não conseguirá manifestar o verdadeiro makoto, e por isso não se manifestará a força benigna no espírito da palavra.

“A respeito do espírito da palavra” - 1950

segunda-feira, 26 de março de 2012

Leitura Diária da Prática do Sonen

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO SONEN

  1. Eu tenho a partícula divina e o Messias dentro de mim e as outras pessoas também. Por isso, todos nós somos representantes de Deus e do Messias.
  2. Sou a soma dos meus antepassados. Por isso, sou representante de todos eles e reconheço que eles se manifestam através dos meus pensamentos e sentimentos para que eu os encaminhe ao Messias Meishu-Sama, para que sejam purificados e salvos;
  3. Junto com meus antepassados quero servir à Obra Divina como instrumento de Meishu-Sama, o Messias.
  4. Agradeço pela permissão de servir, hoje, à Obra Divina, junto com meus antepassados.

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO ENCAMINHAMENTO DOS NOSSOS ANTEPASSADOS SOFREDORES PARA O MESSIAS MEISHU-SAMA PURIFICAR E SALVAR.

  1. Eu reconheço que este sofrimento que está se manifestando em mim é um sinal de algum antepassado que está sofrendo e precisa ser purificado e salvo.
  2. Antepassado, vou encaminhar este seu sofrimento ao Messias Meishu-Sama pra que seu espírito seja purificado e salvo;
  3. Meishu-Sama, por favor, receba este sofrimento do meu antepassado e permita que seu espírito seja purificado e salvo.

VAMOS JUNTOS FAZER A PRÁTICA DO SONEN DE GRATIDÃO, ENCAMINHANDO A ALEGRIA E A FELICIDADE DOS NOSSOS ANTEPASSADOS PARA O MESSIAS MEISHU-SAMA, FAZENDO O DONATIVO DE GRATIDÃO.

  1. Messias Meishu-Sama, Salvador da humanidade, por favor, receba toda a alegria e felicidade dos meus antepassados que estão se manifestando dentro de mim. Não há palavras que traduzam a minha gratidão.
  2. Entrego minha gratidão ao Supremo Deus, em nome do Messias Meishu-Sama, como seu instrumento, junto com meus antepassados e junto com muitas pessoas.

sábado, 24 de março de 2012

Verdade, Bem e Belo

verdade bem e belo Conforme tenho dito, o Paraíso Terrestre que idealizamos é um mundo de perfeita Verdade, Bem e Belo. Mas gostaria de escrever a respeito com maiores detalhes.

Para seguir a ordem, começarei explicando o que entendemos por VERDADE. Evidentemente, referimo-nos à manifestação concreta da Verdade, isto é, a própria realidade, autêntica, expressa corretamente, sem o mínimo erro, impureza ou obscuridade. A cultura desenvolvida até o presente vinha confundindo e considerando como verdade muita coisa que não o era, e por issso muitos conceitos falsos eram tidos como verdadeiros. Entretanto, ninguém percebeu isso, porque, obviamente, a cultura era de baixo nível.

Basta observarmos a sociedade atual para percebermos que a maioria dos homens são forçados a trabalhar desde a manhã até a noite para ganhar o pão de cada dia, fazendo-o sem nenhuma parcela de ânimo, alegria e esperança, mas apenas para se manterem vivos. Embora estejam se afogando num lamaçal de preocupações, motivadas pela doença, pelas dificuldades financeiras e pelo medo da guerra, eles insistem em dizer que este mundo em que vivemos é avançado, civilizado. Não obstante, observando com rigorosa imparcialide, percebemos que quase todos os homens lutam entre si, odeiam-se e entram em choque, tal como os animais, agonizando num redemoinho de insegurança e ansiedade; é como se estivéssemos olhando o próprio Inferno. E este é justamente o resultado da cultura da pseudoverdade, à qual me referi há pouco. Os próprios intelectuais não percebem issso e, acreditando tratar-se de um mundo civilizado, continuam a enaltecê-lo. Coitados, são dignos de nossa compaixão…

O mesmo acontece com a doença, por exemplo. Justamente porque a Medicina está em desacordo com a Verdade, todos os lugares estão repletos de pessoas doentes. É tuberculose, é disenteria infecciosa, é meningite, é derrame cerebral, é paralisia infantil, envim são inúmeras espécies de doenças. E eis a justificativa que dão para isso: “Antigamente também existiam várias enfermidades, só que a Medicina não estava desenvolvida a ponto de descobri-las; hoje, porém, ela adquiriu essa capacidade”. Insistindo sobre o assunto, o que nós desejamos é que o número de doentes diminua e o número de homens realmente saudáveis aumente. Apenas isso, vejamos.

Os homens contemporâneos temem exageradamente a doença. Por essa razão, as autoridades e os especialistas preocupam-se com a higiene e empenham-se na prevenção das doenças. O mais engraçado nisso é a vacina preventiva: ela mesmo é que não cura; não passa de um simples paliativo. Dessa forma, a Medicina nem ao menos sabe distinguir a cura temporária da cura verdadeira e radical. E, mesmo que soubesse, não adiantaria nada, pois desconhece o método para erradicar a doença. Além do mais, como ignora completamente que ele é uma Providência de Deus para aumentar a saúde, empenha-se tão simplesmente em deter sua marcha, pensando que isso é progresso. Outrossim, por total desconhecimento de que esse método se torna origem da doença – como mostra a realidade – quanto mais a ciência progride, mais se multiplicam as enfermidades e o número de doentes, diminuindo cada vez mais a resistência física. Por isso, os homens sofrem de cansaço e insônia, não têm persistência, não podem fazer qualquer excesso; caso pratiquem um exercício um pouco mais pesado, acabam sentindo-se “quebrados”. Por quê? Isso não é incompreensível? A realidade mostra-nos, porém, que, seguindo-se o princípio da doença ensinado por nossa Igreja e recebendo-se Johrei, as doenças desaparecem e as pessoas tornam-se verdadeiramente saudáveis.

A seguir, escreverei a respeito do bem, que evidentemente, é o contrário do mal. Mas o que é o mal? Ele é causado pelo ateísmo nascido do pensamento materialista, e o bem é o seu oposto: nasceu do teísmo. Esta é a Verdade. Entretando, como a razão da ciência consiste na negação do teísmo, que é a Verdade, quanto mais ela progride, mais aumenta o mal, sendo assim, o progresso da cultura não passa de superficial. Dessa forma, reconhecemos os méritos da ciência, mas não podemos deixar de levar em conta o mal que ela produz. Sem perceber isso, os homens enaltecem apenas seus pontos positivos e, elaborando habilidosas teorias para ocultar-lhes os pontos negativos, subjugam as classes dirigentes e levam-nas a concluir que, sem a ciência, não terá solução. Assim, acabaram por afastar-se da felicidade espiritual.

Em seguida, analisemos o belo, que também constitui um problema.

De fato, acompanhando o desenvolvimento da cultura, os elementos representativos do belo multiplicaram-se e, individualmente, estão em nível satisfatório, mas o povo não consegue usufruir deles. Somente uma parte – a classe privilegiada – desfruta de boas roupas, boa alimentação e boas moradias, enquanto a classe popular mal consegue alimentar-se, não tendo condições para pensar no belo. Talvez isso ocorra apenas no Japão, mas essas pessoas dispõem de alimento simplesmente para matar a fome; de casa, para dormir; de ruas, para passagem e condução, e onde têm de enfrentar os empurra-empurras; Da mesma forma, a sociedade não consegue gozar das belezas naturais, que são dádivas de Deus, tal como as montanhas, as águas, as plantas e as flores, enm das belezas artísticas criadas pelo homem. Assim, não obstante o grande desenvolvimento da civilização, uma vez que toda a humanidade não pode usufruir de tais dádivas, o mundo contemporâneo é realmente o paraíso dos ricos e o inferno dos pobres. A causa disso é a existência de uma grande falha em algum lugar da civilização; quando essa falha for corrigida e a felicidade desfrutada equitativamente, o mundo será de fato civilizado. Essa é a missão da Igreja Messiânica Mundial.

Por tudo que aqui foi exposto, creio que puderam entender o verdadeiro significado da Verdade, do Bem e do Belo, mas o mais importante é o poder de concretizá-los. De nada adiantarão as palavras se elas constituírem apenas um lema pintado num quadro. Todavia, devemos alegrar-nos, pois este sonho tão almejado está para se tornar uma realidade em nosso planeta.

Alicerce do Paraíso – Vol.1 – 25/setembro/1953

Concretização da Verdade

imagesCAE3CEB0 O verdadeiro objetivo da religião é a concretização da Verdade.

Mas o que é a Verdade?

A Verdade é o próprio estado natural das coisas. O Sol desponta no nascente e desaparece no poente; o homem inevitavelmente caminha para a morte (essa morte a que a que o budismo se refere com as expressões “tudo que nasce está sujeito a desaparecer” e “todo encontro está condenado à separação”). O homem manter-se vivo através da respiração e da alimentação também é Verdade. A mente humana anda tão confusa, que preciso insistir sobre assunto tão óbvio.

Observando os revoltantes aconteecimentos deste mundo, o caos reinante na sociedade, os conflitos, a desordem, o pecado, é impossível negar que tudo contribui mais para a infelicidade do que para a felicidade do homem. Precisamos, pois, conhecer a razão de tais coisas. Tudo se baseia no fato de estarmos longe da Verdade – isso é evidente. O problema é que não temos consciência disso.

Vou explicar meu ponto de vista.

Vejo que o homem moderno perdeu a noção da Verdade. Parece que a vida se mostra tão difícil para ele, que lhe falta tempo para refletir sobre o assunto. A religião, também, até hoje não tinha condições para esclarecer o que é a Verdade e transmitia noções falsas acreditando serem verdadeiras. Se a Verdade pudesse ter sido revelada tal qual é, a situação humana seria muito melhor. Talvez até tivéssemos construído algo semelhante ao Paraíso Terrestre.

Mas é chegado o tempo de revelar a Vontade de Deus e pregar a Verdade, para que esta possa se concretizar. E a Vontade de Deus é que ela seja transmitida claramente. Se aqueles que lerem minhas palavras tiverem a mente livre de preconceitos, certamente há de obter a correta vissão da Verdade.

Gostaria de dar uma explicação que todos compreendessem.

O homem adoece porque se distancia da Verdade e por motivo idêntico não consegue curar-se. Política errônea, má ideologia, aumento de crimes, crise financeira, inflação e deflação, tudo isso se deve, também, ao fato de o homem desviar-se da Verdade.

Tudo que desejamos logo se realizaria se estivéssemos de acordo com a Verdade; foi com esse propósito que Deus criou a sociedade humana. Eis por que não é difícil a formação de uma sociedade ideal, nem é impossível ser feliz. Nisto reside a possibilidade do advento do Paraíso Terrestre.

Alguns talvez achem estranos meus pontos de vista, mas há razão para isso. Tudo que estou dizendo tem muita lógica. Minhas idéias só parecerão estranhas a quem não estiver voltado para a Verdade. Quanto mais absurdas elas parecerem, mais evidente se tornará a distância do mundo em relação à Verdade.

Deus concedeu ao homem a liberdade infinita. Eis a Verdade. As outras criaturas, como os animais e os vegetais, gozam de liberdade limitada. Aqui se percebe a superioridade do homem. Falar da sua liberdade, é dizer que ele ocupa o ponto médio entre os dois extremos – o animal e o Divino.

Quando ele se eleva, torna-se Divino; quando se corrempe, equipara-se ao animal. Se desenvolvermos esse princípio, veremos que basta o homem querer para que o mundo se converta em paraíso. Caso contrário, ele faz do mundo um inferno. Esta é a Verdade. Não há dúvidas quanto à escolha: a não ser uma pessoa de espírito satânico, ninguém desejará ocupar a extremidade animal.

De acordo com o que acabamos de expor, a formação do Paraíso Terrestre vem a ser o objetivo final do ser humano, e o único recurso para atingi-lo é a concretização da Verdade. Sendo esta a missão básica da religião, eu prego a Verdade e me esforço e trabalho incessantemente para concretizá-la.

Alicerce do Paraíso – vol.1 – 16/julho/1949

sexta-feira, 23 de março de 2012

“O makoto das pessoas que não conhecem Deus é mera forma. Só aqueles que O conhecem, possuem o verdadeiro makoto.”

imagesCA01GSA4Acredito que jamais houve uma época em que a sociedade estivesse tão deteriorada como hoje. A melhor prova disso evidencia-se no rápido aumento de crimes, na superlotação de presídios, na grande quantidade de processos por solucionar, no reduzido número de casos solúveis, etc.

A realidade acima é apenas uma manifestação superficial, ou seja, a ponta de um “iceberg”. A seguir, vou apresentar a minha experiência.

Naturalmente, faço entrevistas com numerosos fiéis e contacto com pessoas de vários níveis sociais. Evito o máximo encontrar-me com pessoas que não são membros da Igreja, mas há ocasiões em que isso é inevitável. Dessa maneira, passo a conversar com essas pessoas e a ter contato com suas ações, mas dificilmente encontro criaturas nas quais posso realmente confiar. Algumas parecem pessoas de caráter; a maioria, porém, efetivamente não é gente interessante. Sem qualquer temor, logo começam a proferir mentiras que podem ser desmascaradas na hora; mesmo durante a entrevista mentem. Como consigo perceber isso, minha tristeza ao ouvi-las é ilimitada. Seu único intento é enganar-me, para obter dinheiro e bens materiais. Ultimamente estou fazendo tudo para não me encontrar com esse tipo de gente.

Parece que essas pessoas pensam que eu sou filhinho de papai. Menosprezam-me logo de saída. Como eu consigo fugir habilmente, elas ficam assustadas. De fato é muito engraçado. Muitas vezes, elas ficam arrependidas, por ser uma situação totalmente imprevista; realmente são imbecis. Tenho vontade de dizer-lhes: “Como poderei salvar a humanidade sendo enganado por texugos como vocês?” Pensem bem, se eu fosse muito indulgente, não poderia ser respeitado por várias dezenas de milhares de pessoas e não haveria razão para conseguir tão grande grande expansão em curto espaço de tempo, não é verdade? As pessoas não conseguem ver essa realidade; só posso considerá-las cegos de olhos abertos.

O número de criaturas como as que eu referi acima é surpreendentemente elevado. Todavia, os seus métodos são realmente muito hábeis e quase inesgotáveis. Fico imaginando sempre com pena: “Se elas utilizassem sua inteligência para o Bem, poderiam obter um grande sucesso”. Pensando um pouco mais profundamente, no entanto, acho que essas pessoas conseguem ter tal inteligência por se tratar de ações malignas; sentindo-se incapazes de ações benignas, creio que por isso elas recorrem ao Mal. Em suma, são pessoas inteligentes apenas superficialmente; na verdade são tolas.

O interessante é a absoluta diferença entre os membros e os não-membros. Quando trato com pessoas que não são membros, sinto-me em extremo perigo; com os membro, ao contrário, sinto-me como se estivesse lidando com meus filhos. É completamente diferente, como se fosse Deus e Satanás. Com relação a isso, sempre penso na diferença básica entre ter e não ter fé. Enfim, chego a pensar que, se não for religiosa, a pessoa não se inclui no rol dos homens.

Assim, devemos formar o maior número de membros, caso contrário, as perspectivas de futuro para o Japão serão deploráveis demais.

Jornal Hikari no 47, “Aspecto da atual sociedade” – 28/janeiro/1950

quinta-feira, 22 de março de 2012

“Se nos apoiarmos na bengala de makoto, poderemos percorrer facilmente qualquer caminho.”

kyoto 2Interlocutor: Por favor, ensine-nos a maneira mais eficiente de fazer a difusão pioneira em locais longínquos.

Meishu-Sama: Não há uma forma especialmente definida. O fundamental é possuir makoto. Quem possui maior “makoto”, recebe maior proteção Divina. Como o espírito atua ativamente, é possível obter melhores resultados. A pessoa jamais deve se precipitar. Se isso acontecer, a força humana fica por cima e acaba provocando o efeito contrário. També, a existência ou não de resultado numa região depende da atmosfera espiritual clara ou escura do local; isso causa grande influência. Muitas vezes, depende da linhagem do padroeiro desse local. Depende também da fervorosa atividade dos antepassados. A pessoa deve empenhar-se ao máximo e entregar o restante nas mãos de Deus. Na parte de Deus, tudo depende do tempo certo e da ordem. Em muitos casos é necessário desenvolver a difusão primeiramente num determinado local, senão será impossível realizá-la em outro. Muitas vezes o pensamento de Deus difere do pensamento do homem. Como o homem desconhece isso, quando as coisas não correm bem, logo começa a precipitar-se. É importante observar-se com atenção esse ponto.

Revista Tijô-Tengoku no 4 – 25/maio/1949

Insatisfações

GRATIDÃO122 pares de sapatos e ela não encontrava um que servisse para aquela festa.

20 ternos e ele estava achando todos um lixo.

Geladeira cheia e o menino batia a porta da geladeira por não encontrar uma coisa gostosa.

Calmante forte, com tarja preta e receita, mas eles não conseguiam dormir.

Carro do ano na garagem, mas não sabiam para onde ir.

Casa de luxo na praia, mas estava fechada havia muitos meses... Celular último tipo.........

DVD, Karaokê, Notebook, Câmera digital, Vídeo Game In Box, jogos de última geração, e muita, muita insatisfação.

Estamos nos armando de tudo o que é tipo de tranqueira material para suprir o vazio que nada preenche. Vamos ao supermercado esperando encontrar felicidade nas prateleiras, mas voltamos frustrados, com o carro cheio e a alma vazia.

Nunca o homem teve tanto acesso a Deus e nunca ficou tão distante como agora, tantos templos, tantas religiões, tantas definições e ideologias, e mesmo assim, o homem se afasta cada vez mais do seu Criador. Por isso a carência afetiva, as doenças nervosas, a violência que se espalha, o consumismo que gera as diferenças sociais tão brutais. E nada sacia o homem, quanto mais ele acumula, quanto mais possui, mais vazio vai se tornando.

Aproveite seu dia, busque encontrar Deus pelo caminho, na pessoa que sentou-se ao seu lado no ônibus, no vizinho que você não cumprimenta já faz tempo, no animal abandonado que você quase atropela, na árvore que seca bem em frente a sua casa, no cidadão deitado no banco da praça, no filho que se embriaga e você nem vê, na filha que sofre a desilusão do primeiro amor e você não sabe.

Quantos gritam onde está Deus? Cegos pelo orgulho que não permite ver que Ele nunca se ausentou, sempre esteve na sua vida, no seu dia, na sua família, mas nunca foi chamado, a não ser nas desgraças e nos momentos de dor e sofrimento.

Você convidou Jesus para almoçar com você hoje? No dia do seu casamento você mandou o primeiro convite para Ele? Na sua formatura Ele estava presente? Hoje ao levantar-se você falou com Ele? Você contou do seu amor, da sua alegria no trabalho?

Você quer saber onde está Deus? Olhe para a sua vida, como você trata os seus, olhe para a sua casa, reveja suas atitudes diárias. Os atos falam mais do que as palavras e tudo o que fazemos, são as verdadeiras orações que levamos até Ele. Por isso, antes de fazer sua oração repetida, velha e cansada, coloque um "fogo novo" na sua vida: Convide Jesus para participar de todos os seus momentos, e assim, você será preenchido, saciado, envolvido pelo amor que nunca acaba, pela água que sacia a tua sede, e então, mesmo com muito pouco, serás plenamente feliz, porque Ele veio para que todos tenham vida, e tenham vida com abundância.

Paulo Roberto Gaefke

domingo, 18 de março de 2012

“Os problemas de um país não são solucionados porque falta makoto àqueles que o administram.”

GRATIDÃO 2Apesar de haver uma estreita relação entre Religião e Política, é estranho que isso não tenha despertado muito interesse. Na realidade, até o término da Segunda Guerra Mundial, a Política, longe de apreciar a participação da Religião, vivia oprimindo-a. Desde a antiguidade este fenômeno se fez notar em vários lugares, registrando-se não poucos casos da quase extinção de religiões devido à violência das perseguições. No entanto, por mais que a Religião tente realizar seu objetivo, que é a construção de um Mundo Ideal, para incrementar a felicidade do homem, torna-se evidente que ela jamais atingirá essa meta se a Política não for justa. Sendo assim, uma Política escrupulosa requer políticos íntegros e, para preencherem essa condição, os políticos devem ser dotados de religiosidade.

No Japão – desconheço a situação no estrangeiro – um erro no qual os políticos têm inclinação para incorrer é a corrupção. Pode-se dizer que isso acontece porque eles são escravos do materialismo, cuja origem está na falta de religiosidade. É desejável o aparecimento de políticos dotados de espírito religioso, pois só assim poderemos alimentar esperanças quanto ao futuro, aguardando o bom desenrolar dos destinos da Nação. No que se refere à construção de um novo Japão, é necessário, sobretudo, incutir espírito religioso nos políticos, para que seja realizada uma Política arraigada no senso religioso.

Atualmente o povo vive criticando, e com razão, a degeneração da Política, as fraudes eleitorais, a prevaricação dos funcionários públicos, a degradação dos educadores, etc. Os próprios políticos, os órgãos competentes e o povo empenham-se com unhas e dentes na solução purificadora dos problemas dessa lamacenta sociedade. Infelizmente, na prevenção do crime., conta-se apenas com a força da Lei, mas esta não atinge o âmago da questão, pois a causa dos crimes está no interior do homem, ou seja, na sua alma. Purificar a alma é o método verdadeiramente eficaz. Estou convicto de que isso só poderá ser conseguido através de uma Fé verdadeira.

Alicerce do Paraíso, “Religião e política” – 25/janeiro/1949

A Luz de Deus e a Doutrina

luz de deus Não é a doutrina mas sim a Luz de Deus que transforma o homem. As pessoas que consideram a Igreja Messiânica Mundial uma religião comum, muitas vezes se perguntam por que ela não possui uma doutrina. Não penso que ela seja importante. A doutrina é um conjunto de regras e preceitos; não pode salvar o homem. Desde tempos antigos quase todas as religiões tiveram algumas de suas doutrinas bem elaboradas e consideradas. Conseguiram elas aperfeiçoar o mundo/

Numa novela que li recentemente, o autor faz um dos seus personagens contar o seguinte: “Quando eu era jovem assistia aulas de religião e, um dia, comentamos os milagres narrados na Bíblia. Alguns acreditaram neles, enquanto que outros não. Os comentários transformaram-se em inflamado debate. Já que eu próprio não acreditava em milagres, ao voltar para casa, procurei arrancar as páginas da Bíblia que a eles se referiam. Mas quando voltei a ler, já sem essas passagens, constatei que a Bíblia era apenas um livro de Moral”.

Isso é bastante interessante. E é verdade. Se a religião consistisse apenas em doutrina, não ofereceria mais do que padrões morais. Eles não bastam. Fundamentando os princípios de moral, a religião deveria dar a consciência do grandioso poder místico e operador de milagres em ação no Universo, e que não pode ser explicado pela lógica. A força da religião está na apresentação deste poder místico. Quanto maiores milagres uma religião evidenciar, tanto mais valiosa poderá ser considerada.

Vou explicar. Os mandamentos são como leis decretadas para evitar os crimes. As leis são feitas para manter a ordem estabelecida pela sociedade e impor penalidades nos casos de violação. Muitas religiões são fundamentadas em mandamentos. Os mais antigos, dos conhecidos, são os Dez Mandamentos dados a Moisés os quais, durante a Era das Trevas foram fundamentais. Mas: “Você deve fazer isto…” ou “Você não pode fazer aquilo…” implicam penalidades – penalidades espirituais e não físicas.

As ameaças e os castigos não são os melhores meios para evitar que o homem pratique maldades. Um alcoólatra provavelmente não deixará de beber apenas porque lhe dizem que o álcool faz mal. Um meio muito melhor é dissolver as máculas do seu corpo espiritual, elevando-o a um nível onde sua Divina natureza possa ser despertada, o que o levará a sentir um natural repugnância pelo álcool, ou pela maldade, conforme o caso.

É a tendência para fazer o mal ou agir desonestamente que deve ser eliminada, pois as pessoas inclinadas à prática de ações corruptas têm preferência por elas. Por exemplo, a essas pessoas parece, por vezes, que ganhar dinheiro por meios desonestos é mais fascinante do que adquiri-lo honestamente. Em tais casos, a natureza Divina ou primária encontra-se num estado enfraquecido, enquanto que a natureza animal ou secundária está fortalecida, o que significa que a alma está num nível baixo. Quando a alma está em plano mais elevado, são incapazes de tais ações.

Até que a sociedade supere esse baixo nível de consciência, é perigoso ficar sem regulamentos legais e instituições penais. A despeito da forte ação coercitiva das leis reguladores, existirão muitas pessoas inclinadas a transgredi-las. Entre elas podem ser incluídos homens que ocupam altas funções e que têm responsabilidade social, homens que ocupam são vistos como grandes personagens. Posição social e cargos políticos não indicam necessariamente desenvolvimento espiritual.

Abster-se de fazer o mal, apenas pela ameaça das penalidades ou da crítica, não é o bastante. Somente quando o homem atinge um nível em que não sente mais o desejo de fazer o mal, em que não são as leis e regulamentos que o impedem, quando realmente encontrou a alegria de fazer o bem, é que ele desperta para sua verdadeira natureza.

O homem pode não atingir subitamente os níveis mais altos, mas deve alcançá-lo degrau por degrau. Os dogmas são necessários de certo modo, mas o supremo objetivo é muitíssimo mais elevado. A Igreja Messiânica Mundial empenha-se em elevar o indivíduo ao mais iluminado estado de consciência.

A invisível Luz de Deus, canalizada através do Johrei, alcança as profundezas do espírito e o ilumina, mesmo quando o Johrei é recebido com atitude cética. O Johrei desperta a natureza Divina do homem, colocando-o em contato com a sua alma. Por isso nossa religião não é uma religião comum.

Do ponto de vista material, esta compreensão pode ser difícil. Mas quando se experimenta o efeito do Johrei, intui-se a Luz de Deus. Mesmo aqueles que dão excessiva importância ao intelecto serão despertados para o poder do espírito sobre a matéria, e curvarão a cabeça reverentemente.

Extraído do livro “Os Novos Tempos”

sexta-feira, 16 de março de 2012

ESTADO MENTAL DE FELICIDADE

Joanna de Ângelis

A problemática da felicidade encontra solução eficaz no comportamento íntimo do indivíduo em relação à vida.

Por que transferir para o futuro o momento de ser feliz, quando se pensa em conseguir determinados valores, que possivelmente não lograrão completar o quadro de harmonia e ventura pessoal?

Pode-se e deve-se ser feliz em cada instante, pois tal conquista procede do estado de espírito e não dos recursos materiais amealhados de que se pode dispor.

O dinheiro soluciona alguns problemas; projeta a personalidade; promove socialmente o indivíduo, mas não resolve as situações interiores, nas quais estão as bases da harmonia como do desequilíbrio.

É necessário valorizar-se o que realmente pode proporcionar a felicidade e não os seus acessórios. Digamos, então, que esta é um estado mental, variando de pessoa para pessoa, conforme o seu grau de evolução, portanto, a sua aspiração maior.

As conquistas materiais não dispõem do poder de fazer as criaturas felizes. Podem diminuir-lhes a aflição, atender a algumas necessidades, minorar amarguras, gerar bem-estar e conforto...

Esperando-se conseguir o beneplácito da felicidade, mediante as dádivas da cornucópia da fortuna, por exemplo, perdem-se muitos instantes felizes que dificilmente retornarão.

Essa felicidade dourada, sem preocupações, ociosa, não existe; é miragem que se dilui ante a realidade.

Podes conseguir o estado mental de felicidade permanente, crendo que ela é propiciada pelo amor a Deus, que a deposita no escrínio dos teus sentimentos, a fim de que aí a desdobres, brindando às demais pessoas.

Assim, não obstante as mudanças e circunstâncias em que te encontres, alterando o ritmo dos assuntos e acontecimentos externos, ela permanecerá contigo, porque está em ti.

O vendaval das paixões não a expulsa;

a frialdade do abandono não a empalidece;

o granizo da ofensa não a fere;

o ouro das ambições não a entorpece;

o fogo das lutas cruzadas não a atinge.

Ela permanece serena, e qual chama abençoada, com a sua luz aponta o caminho seguro a seguir. aclamando as ansiedades do coração.

A felicidade plena e compensadora não é deste mundo. No entanto, germina e se desenvolve enquanto o Espírito avança pela estrada reencarnacionista, graças às ações desenvolvidas e ao comportamento mantido.

Reservada para o "reino dos céus", é indispensável que o homem lhe conduza as matrizes íntimas mediante as quais se desvela no momento oportuno.

Psicografia de Divaldo P. Franco - Momentos de Esperança

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ponto Negro

luzCerto dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados com o teste que viria.

O professor entregou, então, a folha com a prova virada para baixo, como era de costume...

Quando puderam ver, para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha.

O professor, analisando a expressão surpresa de todos, disse:

- Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.

Todos os alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.

Todas, sem exceção, definiram o ponto negro tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.

Após ler todas, a sala em silêncio, ele disse:

- Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizado para todos nós. Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar, aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente de DEUS, dado a cada um de nós com extremo carinho e cuidado. Temos motivos pra comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

Pense nisso. Tire os olhos dos pontos negros da sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que Deus lhe dá. Creia que o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer. Tenha essa certeza, tranqüilize-se e seja feliz!

Que Deus te abençoe e guarde.

“Makoto é o que mais desejo para este país”

Praticar o makoto é fazer o bem ao próximo, deixando a si mesmo em segundo plano. Ou seja, é o pensamento altruísta. É a prática do bem em prol da Humanidade e da sociedade.

Makoto é o contrário de falsidade. É a Verdade. Entretanto, a pessoa não pode simplesmente ser sincera. É preciso que ela use a inteligência e se baseie no senso comum.

Fazer o bem objetivando o seu próprio país ou sua classe social, parece ser uma boa ação, mas não é makoto, pois é uma ação limitada.

É necessário avaliar o makoto tendo como base o amor à Humanidade.

Revista Tijô-Tengoku no 4 (25/maio/1949)

GRATIDÃO 3“Nada é tão precioso quanto o makoto, o qual tem o poder de penetrar até mesmo numa grande rocha de ferro.”

Só o makoto é capaz de resolver os problemas dos indíviduos, do país e do mundo. A deficiência política resulta da falta de makoto. A pobreza material e a corrupção moral também tem a mesma origem. Enfim, todos os problemas são gerados pela falta de makoto. Religião, Educação e Arte que não se alicerçam no makoto, passam a representar meras formas sem conteúdo.

Homens, a chave de todos os problemas está no makoto. Alicerce do Paraíso, “Sinceridade” (25/janeiro/1949)

“Makoto é um tesouro inestimável que se acumula no coração das pessoas que não são falsas, que não mentem.”

Talvez não exista nenhuma palavra que soe tão agradavelmente quanto “simpatia”. Pensando bem, a simpatia é muito mais importante do que imaginamos, pois tem muita relação não só com o destino do indivíduo, mas também com a sociedade. Se alguém se tornasse simpático graças ao relacionamento com uma pessoa simpática e isso fosse se propagando continuamente, é óbvio que a sociedade se tornaria bastante agradável. Por conseguinte, diminuiriam os problemas, principalmente o conflito e o crime; espiritualmente, criar-se-ia o Paraíso. Não existe meio melhor do que esse, pois não requer dinheiro, não é trabalhoso e pode ser posto em prática imediatamente.

Falando, parece muito simples, mas todos sabem que, na realidade, não é tão fácil assim, pois não basta que a simpatia seja apenas aparente. A verdadeira simpatia aflora do interior; é indispensável, portanto, que a pessoa tenha makoto, o que depende de cada um. Em suma, a base da simpatia é o espírito de Amor ao Próximo.

Vou contar um pouco de minha experiência a esse respeito.

É engraçado que mesmo falar destas coisas, mas desde pequeno, onde quer que eu fosse, quase nunca era malquisto ou antipatizado. Pelo contrário, era respeitado e amado na maioria das vezes. Então, pensando bem, concluí que tenho uma característica que me parece ser o motivo disso: sempre deixo meus interesses e minha própria satisfação em segundo plano; procuro fazer, em primeiro lugar, aquilo que satisfaz aos outros, aquilo que os deixa felizes. Ajo assim não por razões morais ou religiosas, mas naturalmente. Talvez seja da minha própria natureza. Em outras palavras, é até uma espécie de “hobby” para mim. Por essa razão, muitos dizem que tenho uma natureza privilegiada, e é possível que tenha mesmo.

Depois que me tornei religioso, esse sentimento aumentou ainda mais. Quando vejo uma pessoa sofrendo por doença, não consigo ficar tranquilo; tenho vontade de curá-la a qualquer custo. Então, ministro-lhe Johrei, e ela fica curada e feliz. Ao ver sua alegria, esta se reflete em mim e eu me sinto feliz também. Por esse motivo, criei inúmeros problemas no passado e sofri muito. Mesmo quando achava que nada poderia fazer por uma pessoa e que deveria parar de dar-lhe assistência, a pedido insistente e até suplicas da própria pessoa e de sua família, eu cedia e continuava indo visitá-la, ainda que fosse longe. Gastava tempo e dinheiro, e, no final, o resultado era ruim, desapontando os falmiliares do doente. Muitas vezes, cheguei a ser odiado. Toda vez que isso acontecia, eu me censurava, achando que deveria tornar-me mais frio.

Como essa minha característica também foi de muita ajuda para a construção do protótipo do Paraíso Terrestre e do Museu de Belas-Artes, creio que ela me tenha sido atribuída por Deus. Quando vejo uma magnífica obra de arte ou uma paisagem maravilhosa, não sinto vontade de apreciá-la sozinho e até fico melindrado; nasce em mim o desejo de mostrá-las a um grande número de pessoas, para alegrá-las. Dessa forma, minha maior satisfação é alegrar o próximo, o que me faz ficar alegre também.

Alicerce do Paraíso, “Pessoa Simpática” – (21/abril/1954)

terça-feira, 13 de março de 2012

“Fé, resumindo numa só palavra, makoto”

Para sabermos se uma pessoa age com makoto ou não, ver se ela respeita seus compromisso. Deixar de cumprir os compromissos, parece – à primeira viste e em certos casos – coisa de pouca importância. Na verdade, significa enganar, e isso constitui uma espécie de pecado. Portanto, é assunto que merece a máxima atenção.

Um dos compromissos mais sujeitos a ser desrespeitados é o que se refere ao horário.

Pensemos no que ocorre quando somos impontuais. A pessoa que nos espera sujeita-se a todo tipo de aborrecimento e preocupações. Há um ditado que afirma: “É melhor ser esperado do que esperar”, mas pense de modo contrário. Devemos considerar o estado de ânimo daquele que nos aguarda. Quem não o leva em conta, não tem makoto, e isso anula qualquer outra qualidade.

Como instrumentos de Deus, os messiânicos devem cumprir rigorosamente seus compromissos e respeitar pontualmente os horários. Não serão aprovados na Fé os que assim não procederem. Gravem isso na mente e jamais se esqueçam desta advertência.

Alicerce do Paraíso, “Sinceridade” (28/janeiro/1950)

Apego aos ressentimentos e dificuldades em perdoar

por Andre Lima - andre@eftbr.com.br

O verdadeiro sentido da palavra "perdão" acabou sendo distorcido. Esse termo muitas vezes é associado a algum tipo de religiosidade ingênua, como se os que defendessem a idéia do perdão fossem pessoas bobas ou "boas" demais.
Entretanto, perdoar não tem nada a ver com bondade (e bondade também não tem nada a ver com ingenuidade, diga-se de passagem). Não perdoamos alguém ou algo para sermos bons com a outra pessoa.
Quando se tem algo a ser perdoado, significa que aconteceu alguma coisa, normalmente entre duas pessoas, onde um fez algo que acabou provocando um sofrimento no outro. A partir daí, existe um "responsável" pelo sofrimento e outro que acabou sendo a vítima.
A vítima, então, poderá ou não perdoar o causador do seu sofrimento. E o que realmente significa perdoar? Significa se libertar de sentimentos negativos guardados dentro de si mesmo, que causam sofrimento. Esses sentimentos não fazem mal para o algoz, pois são sentidos dentro da vítima que guarda mágoa, tristeza, raiva e outros ressentimentos que a pessoa aponta o outro como sendo o causador de tudo.
Mesmo que o outro tenha realmente feito algo terrível, apontá-lo como responsável e justificar seus ressentimentos não irá reverter o ocorrido no passado, tampouco irá amenizar o trauma. Não estou defendendo as pessoas que cometem atos terríveis. Se alguém agiu de forma condenável e até criminosa, é justo que pague por isso. Se tiver que ser denunciada, que seja. Devemos sim agir. É possível liberar os sentimentos negativos e ao mesmo tempo tomar as atitudes que devem ser tomadas.
Guardar ressentimentos fere única e exclusivamente a quem os sente. Não bastasse ter passado pela experiência negativa que outra pessoa nos infringiu, perpetuamos os sentimentos de mágoa e raiva dentro de nós. Alguns carregam por uma vida toda.
O fato desagradável às vezes ocorreu uma só vez no passado mas o nosso interior poderá continuar a reproduzir o sofrimento indefinidamente, como um eco que nunca termina. Esse sofrimento que nós mesmos perpetuamos, acaba sendo muito maior do que o sofrimento pontual que ocorreu no passado, por mais intenso que tenha sido na época. Não parece algo estranho o que a mente nos faz? Existe uma lógica inconsciente equivocada que nos faz agir dessa forma. Vamos tentar entender mais profundamente.
Em um curso de *EFT
uma das alunas estava se autoaplicando a técnica para dissolver sentimentos de mágoa guardados com relação a uma determinada pessoa que havia agido mal com ela no passado. A mágoa, então, foi se dissolvendo ao longo das rodadas, até que desapareceu. Quando chegou nesse nível de liberação, ela ficou preocupada, levantou a mão e me indagou durante a aula: "mas André, a pessoa poderá voltar a fazer a mesma coisa de novo!". Foi quando eu respondi o seguinte: "a não liberação da mágoa vai impedir que a pessoa cometa algo contra você?". Ela, então, disse: "é verdade, mesmo que o ressentimento fique guardado, não impede o outro de agir mal".
Portanto, a lógica inconsciente que está por trás do nosso apego aos ressentimentos, é a falsa crença que eles nos protegem de novos acontecimentos negativos. O que é totalmente falso. Além de não impedir novos acontecimentos, o ressentimento torna um sofrimento que poderia ser apenas pontual, em uma coisa crônica. Será que tem algo mais nocivo do que isso? Essa é a lógica do nosso ego, sempre buscando justificativas para que nós deixemos o sofrimento interior permanecer e crescer.
Continuando a aprofundar sobre esse pensamento, existe ainda a crença de que, se perdoarmos alguém, teremos que conviver novamente com a pessoa e assim ela poderá novamente nos fazer algum mal. Mais um equívoco. Perdoar não quer dizer virar um ingênuo ou ficar burro. É possível perdoar e ao mesmo tempo não voltar mais a ter a mesma relação com alguém. É possivel perdoar e impor limites, perdoar e se afastar. Isso por que o perdoar diz respeito apenas a dissolver sentimentos negativos internos seus, para livrar você da perpetuação de um sofrimento. E é só isso.
Vamos supor uma sociedade onde um sócio passou a perna no outro. O que foi trapaceado poderá se libertar cem por cento dos ressentimentos com relação ao ex-sócio, e ao mesmo tempo nunca mais querer fazer negócios com ele novamente, pois aprendeu que ele é uma pessoa desonesta. O ressentimento vai embora, o aprendizado fica. Se esse sócio prejudicado por acaso vier a fazer negócios novamente com o outro que ele já sabe ser desonesto, significa que ele deve ter sérios problemas de auto estima e outras questões emocionais mais profundas para se deixar entrar novamente em uma roubada.
De forma análoga, uma mulher que apanha do companheiro, separa e volta, faz isso não porque perdoou o marido, e sim, por que tem sérios problemas de autoestima. Resolvendo a questão da autoestima, ela pode perdoar o companheiro totalmente e ainda assim acabar o relacionamento.
Perdoar também não é premiar o outro. Essa é também mais uma lógica inconsciente do ego que nos ajuda a não liberar os ressentimentos. Inconscientemente, estamos acreditando que a nossa raiva pune a outra pessoa e que a liberação do sentimento seria um benefício para o outro. Acho que nem preciso explicar o quanto isso é um equívoco.
Essas amarras nos levam a proteger os sentimentos negativos dentro de nós, como se estivéssemos nos protegendo de coisas ruins, quando na verdade estamos nós mesmos nos infringindo um grande sofrimento.
A EFT ajuda a dissolver os ressentimentos de uma forma profunda. Às vezes, até sabemos da importância de perdoar para o nosso bem-estar, mas simplesmente não conseguimos deixar o sentimento ir embora. Com a estimulação dos terminais de meridianos de acupuntura realizados durante a aplicação da EFT, conseguimos desbloquear de forma profunda a energia, o que acaba limpando os ressentimentos, levando a uma sensação de perdão e paz interior. Fica infinitamente mais fácil quando utilizamos a EFT.
André Lima - EFT Practitioner.
*EFT - Emotional Freedom Techniques - É a auto-acupuntura emocional sem agulhas. Ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se auto-aplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse:
http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp e baixe o seu manual.

“MAKOTO” é uma palavra japonesa na qual estão implícitos os seguintes sentidos: sinceridade, fé, amor, lealdade, honestidade, fidelidade, cordialidade, verdade, devoção, lisura, constância e etc.

flor de luz 2“Ainda que sejamos inábeis ao falar, se as nossas palavras forem ditas com makoto, terão o poder de mover as pessoas.”

Frequentemente ouço pessoas dizendo que não conseguem formar novos membros por não saberem falar. Se as pessoas que sabem falar bem conseguem formar membros, então é melhor contratarmos comentaristas. (risos) Não são as nossas palavras e sim, o nosso makoto que se transmite às pessoas com quem falamos. Por isso, mesmo falando mal a pessoa consegue formar novos membros. Creio que a maioria é assim. Fico sempre admirado com os chantagistas, que são bons falantes. A sua conversa é realmente eficaz, por isso, creio eu, eles continuam chantageando. Ao contrário, as pessoas que não sabem falar bem, procuram demonstrar seus sentimentos através da ação ou do resultado.

Não devem fingir-se valentes. O homem deve tornar-se polido. É como afirma o ditado: “Missô de boa qualidade não apresenta o mau cheiro do missô”.

Registro das Palavras de Luz vol.12 (13/junho/1949)

terça-feira, 6 de março de 2012

“O destino das pessoas sem fé assemelha-se ao dos aguapés, que vivem flutuando sobre as águas.”

Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que, com a expressão “crentes”, queremos nos referir aos que professam a nossa religião, e não a praticantes de outras religiões.

Sem retroceder ao passado, mas observando, de maneira objetiva, as pessoas que vivem no mundo atual, chegamos à conclusão de que a expressão “pobres ovelhas”, usada por Cristo, é bem adequada. Pensemos: quantas criaturas vivem mão de luzrealmente sem qualquer preocupação? Certamente nenhuma. Entre as preocupações que afligem o homem, a que se poderia colocar em primeiro plano é a doença. Ninguém sabe quando será acometido por alguma enfermidade. Pode ser que fiquemos gripados daqui a uma hora; pode ser, inclusive, que a gripe se agrave em pneumonia ou seja, o início de uma tuberculose. É possível que esta noite tenhamos uma crise de apendicite e acabemos nos contorcendo em dores agudas, ou que, de uma hora para outra, venhamos a contrair tifo ou alguma doença de origem desconhecida. Quem tem filhos, corre o risco em vê-los acometidos por epidemias, como difteria ou meningite, por exemplo, e em poucos dias ver as suas vidas ceifadas. As pessoas de idade, por sua vez, podem a qualquer momento viver a tragédia de um derrame cerebral que lhes paralise metade do corpo, prendendo-as ao leito durante anos a fio. É possível, também, que algum de nossos familiares contraia uma moléstia infecto-contagiosa e tenha de ficar internado em isolamento.

Mas as coisas não param aí. Da maneira como são altas as despesas médico-hospitalares, não se sabe quanto se gastará com tratamentos e internação. Se a doença for debelada em pouco tempo, ainda bem; todavia, se o tratamento for prolongado, as economias feitas com sacrifício, ao longo dos anos, serão totalmente consumidas. Pode mesmo acontecer que, embora recupere a saúde, a pessoa seja despedida do emprego e termine perambulando pelas ruas. Conseguindo ter a vida salva, ela ainda pode trabalhar e se reerguer, mas se, por um golpe de azar, ficar inválida ou acabar falecendo, que acontecerá? Tratando-se de um chefe de família, como irão sobreviver seus familiares? Ele próprio deixará inacabados seus empreendimentos ou seu trabalho. Ora, é realmente lamentável que um homem, no auge da vida, tenha de deixar este mundo; é insuportável ver cortados os laços de amor e afeto que o unem à esposa e aos filhos. E qual chefe de família poderá garantir que tal situação não se lhe apresente de um momento para outro? Quando pensamos em circunstâncias desse tipo, sentimos que o medo com relação às doenças pesa como chumbo, e continuamente, sobre todas as pessoas, sem exceção de ninguém.

Se a vida é tão terrível como dizemos, se não podemos nos livrar da intranquilidade, é como afirmou Sakyamuni: “Este mundo é um purgatório, um mundo de dor, e o homem não pode escapar destes quatro sofrimentos: nascimento, doença, velhice e morte; não há outro jeito a não ser se resignar e suportar essas condições. Isso é o que chamamos Iluminação”.

Diante de semelhante quadro, não haveria salvação maior que o aparecimento de uma religião capaz de libertar o homem, totalmente, a angústia da doença. Entretanto, quem ouvir falar pela primeira vez sobre o aparecimento de uma religião dessa natureza, dirá: “Como pode haver tamanha tolice neste mundo? A cabeça da pessoa que diz isso não deve estar funcionando bem”. Provavelmente essa pessoa seria considerada como estando a um passo da loucura. Mas creiam, apareceu uma religião com o poder que dissemos. Os leitores poderão duvidar uma vez, duas vezes ou até negar. Mas… se souberem que se trata de uma verdade, que farão? O rebuliço seria tal, que ultrapassaria os moldes de um grande acontecimento, provocando, sem a menor dúvida, a maior sensação no mundo inteiro. Quem tiver a sorte vai querer fazer uma pesquisa; por outro lado, haverá pessoas que vão rir diante dos nossos olhos, dizendo que isso não passa de superstição. Tais pessoas serão companheiras daquelas que se suicidam pulando na cascata Kegon ou no vulcão do Monte Miharassan; devo dizer que são pessoas realmente infelizes.

Talvez digam que eu estou me vangloriando demais, mas vou falar aqui, de maneira bem simples sobre a Fé Messiânica e a doença. As pessoas que tiverem compreendido a verdadeira natureza da fé através desta religião, ficarão completamente despreocupadas em relação às enfermidades. E não é só isso. Esclarecidas sobre a origem da doença, ao invés de temor, sentirão até alegria, cientes de que ela é uma ação fisiológica natural para aumentar a saúde; constituindo uma grande benção de Deus.

Além da doença, existem várias outras causas de infelicidade. Exemplifiquemos. Na vida moderna temos um estreito relacionamento com os meios de transporte, dos quais não podemos prescindir; inclusive, dependendo de suas atividades, muitas pessoas os ocupam a maior parte de sua vida. Como é do conhecimento de todos, não pode ser menosprezada a preocupação com acidentes e com os danos que deles decorrem.

Além disso, temos os acidentes provocados pelas máquinas, nas indústrias, os incêndios, os prejuízos causados por assaltantes e, mais raras, porém sérias, as inundações e os terremotos.

A vida moderna está, portanto, cercada de muitos perigos, como enfermidades ou desastres, os quais não sabemos quando irão nos atingir. Pensando nisso, não podemos sentir-nos tranquilos um instante sequer. Em face dessa situação, os orgãos governamentais e civis têm tomado medidas de defesa, tal como seguros de saúde, seguros contra acidentes e desemprego, sistema de poupança e instalações assistenciais. Entretanto, medidas de ordem material como essas não garantem a tranquilidade além de certo limite. Apenas um seguro abstrato, isto é, o seguro proporcionado por Deus, é que nos pode assegurar a tranquilidade absoluta. O homem moderno, no entanto, vive um dilema: vê que as medidas materiais não lhe proporcionam uma vida tranquila, mas dificilmente aceita o conceito de força abstrata ou seguro proporcionado por Deus. Sendo assim, ele não passa de uma pobre ovelha.

Para nós, que professamos a Fé Messiânica, é realmente insuportável ver a situação aflitiva e insegura dos descrentes, os quais vivem como ervas flutuantes, sem ter onde firmar-se. E como se nos dirigíssemos a uma pessoa que tenta controlar um pequeno barco em alto mar e a convidássemos para embarcar num transatlântico, mas essa pessoa só ficasse a fitar o seu próprio barco e não conseguisse notar a existência da embarcação  de grande porte. Assim, embora convidemos os descrentes a ingressarem em nossa Fé, eles não conseguem sair das trevas da negação.

Admitimos que seja difícil acreditar numa força de salvação tão grandiosa, pois trata-se de algo inédito na história da humanidade. Contudo, só pelo fato de ter surgido essa extraordinária salvação, as pessoas devem se conscientizar de que, sem a menor sombra de dúvida, está bem próximo o advento do Paraíso Terrestre, mundo absolutamente isento de doença, pobreza e conflito.

Jornal Hikari no 2, “Teísmo e ateísmo” (20/03/1949)

“Quem se orgulha de negar a existência de Deus, é como se estivesse negando sua própria existência futura.”

hakone 2(…) Analisando a Natureza sob o aspecto da vida humana e do ambiente que a rodeia, subsiste um enigma que sobrepuja todos os outros: “Quem construiu este mundo maravilhoso e o governa à sua vontade?” Ninguém poderá deixar de refletir sobre o seu Criador, nem sobre o propósito com o qual foi construído um mundo tão esplendoroso. Procuremos imaginar esse Criador.

Um lar é governado pelo chefe de família; um país, pelo rei ou presidente. Logicamente, este mundo deve ser dirigido por alguém. E quem poderia ser senão o Ente conhecido como Deus? Não encontro outra conclusão. Por conseguinte, negar Deus significa negar o mundo em si mesmo. Tal lógica não permite dúvidas; se alguma pessoa duvidar, coloca-se num plano de obstinado preconceito. Nesse caso, assemelha-se aos irracionais: é desprovida de inteligência.

Nossa missão é extirpar do homem essa irracionalidade, transformando-o em verdadeiro ser pensante, numa verdadeira obra de reforma humana. Até mesmo o ateu deve convir que a grandiosidade do Universo e a perfeição cósmica só podem partir de um princípio perfeito: DEUS.

Alicerce do Paraíso, “A respeito do ateísmo” (06/01/1954)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Crescer em Paciência

Quem de nós não reconhece que precisaria ter mais paciência!
Precisaria ter mais paciência:
- no trânsito;
- com os colegas de trabalho;
- com os irmãos;
- com a esposa, com o marido, com os filhos;
- com a sogra; etc.
E aí vem uma pergunta: como ter mais paciência?
Uma luz para esta resposta surge da etimologia da palavra paciência. A palavra paciência vem do latim, patior, que significa “sofrer”. Foi escolhida esta raiz para a virtude da paciência, para transmitir a ideia de que uma pessoa paciente é uma pessoa que “sabe sofrer”.
Eis aí uma grande luz para nós: uma pessoa impaciente nada mais é do que uma pessoa que não sabe sofrer. Assemelham-se às crianças que quando são contrariadas minimamente começam a berrar. Um homem maduro, por outro lado, aprende a sofrer, pois entende que o sofrimento faz parte da vida. Aprende a sofrer para não tornar a sua vida um inferno, nem infernizar a vida dos demais.
Tenho sido uma pessoa paciente? Tenho sabido aceitar com alegria as contrariedades da vida? Tenho sido uma pessoa madura, que sabe sofrer, com a preocupação de não tornar a vida pesada aos demais?
Tenho sabido suportar com mansidão as demoras da vida?
Este é um aspecto importante do saber sofrer da virtude da paciência: saber suportar as demoras das coisas, não querendo apressar o seu tempo.
Tudo tem o seu tempo:
- Deus tem o seu tempo;
- a natureza tem o seu tempo; o tempo do crescimento de uma planta; o tempo do desabrochar de uma flor; o tempo do surgimento de um fruto;
- as pessoas têm o seu tempo; o tempo para amadurecerem, o tempo para melhorarem, o tempo para realizarem uma tarefa, etc.
Uma pessoa impaciente não sabe suportar estas demoras. Faz lembrar aquela estória do homem que resolveu contemplar o nascimento de uma borboleta.
Um dia, um homem vendo uma borboleta que começava a sair do seu casulo, resolveu sentar-se para contemplar esta cena. Depois de um bom tempo contemplando o lento processo de saída, perdeu a paciência e resolveu ajudá-la. Pegou uma tesoura e abriu a extremidade por onde ela estava saindo. Como era de se esperar, a borboleta saiu num instante. No entanto, morreu horas depois. Morreu porque suas asas ficaram coladas ao corpo e não pôde voar. O que aquele homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não sabia, era que o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura é o modo pelo qual Deus se serve para que as suas asas se desprendam do corpo, de forma que esteja pronta para voar uma vez que está livre do casulo.
Saibamos esperar pacientemente o tempo das coisas! Saibamos esperar:
- o tempo de um filho amadurecer, uma vez que já o alertamos;
- o tempo da esposa, do marido, melhorar, uma vez que já o corrigimos;
- o tempo de receber um aumento no salário, uma vez que já o pedimos;
- o tempo do trânsito fluir;
- a temperatura arrefecer e não ficar reclamando do calor, etc, etc.
Saibamos ser pacientes e experimentaremos aquilo que Cristo nos disse que é o melhor elogio da paciência: “pela vossa paciência possuireis as vossas almas” (Lc 21, 19). Isto é, pela vossa paciência sereis senhores das vossas almas. Numa palavra: experimentaremos a paz, uma grande paz.
Pe. Paulo M. Ramalho