segunda-feira, 21 de setembro de 2015

“Envolvido pela aura de Deus, sinto-me profundamente feliz. É como se eu estivesse me divertindo no campo, durante a primavera.”

(…) O corpo espiritual irradia incessantemente uma espécie de ondas de luz. É como se fosse a veste do corpo espiritual, daí a denominação “aura”. Sua cor é geralmente branca, porém, conforme a pessoa, poderá ser amarelada ou roxa. Também há diferença de largura: normalmente tem cerca de três centímetros, mas nos enfermos é fina; à medida que a enfermidade se agrava, a aura vai afinando cada vez mais, e na hora da morte desaparece. A expressão popular “Fulano está com a sombra da morte na face” justifica-se pela percepção de que a aura de pessoas nesse estado é quase inexistente. Nas pessoas saudáveis, ao contrários, ela é larga. Essa largura torna-se ainda maior nos virtuosos, cujas ondas de luz também são mais fortes; nos heróis, a aura é mais larga do que nas pessoas comuns; nas personalidades ilustres do mundo, é ainda mais, sendo extraordinariamente larga nos homens santos.

Entretanto, a largura da aura não é fixa; varia constantemente, de acordo com os pensamentos e atos da pessoa. Quando esta pratica ações virtuosas, baseada na justiça, sua aura é larga; em caso contrário é fina. As pessoas de sensibilidade comum em geral não conseguem enxergar a aura, mas existe quem o consiga. Mesmo aquelas, se observarem atentamente, poderão vislumbrá-la.

A largura da aura tem relação direta com o destino do homem. Quanto mais larga ela for, mais feliz ele será. Os que têm aura larga serão mais calorosos, causam uma boa impressão e atraem muitas pessoas, porque os envolvem com sua aura. Ao contrário, aqueles cuja aura é fina, causam uma impressão de frieza, desagrado e tristeza, e temos pouca vontade de permanecer em sua companhia.

Em face do que dissemos, o esforço para aumentar a largura da aura é a fonte da felicidade. Mas de que forma devemos agir? Antes de responder a essa pergunta, darei uma explicação sobre a natureza da aura.

Já sabemos que todos os pensamentos e atos humanos se subordinam ao bem ou ao mal. A largura da aura também é proporcional à soma do bem ou do mal. Isto significa que, na ocasião em que a pessoa pensa ou pratica o bem, surge-lhe o sentimento de satisfação na consciência, o qual se transforma em luz e soma-se ao seu corpo espiritual, aumentando-lhe assim, a luminosidade; ao contrário, o mal transforma-se em máculas, que também se acrescentam às já existentes no corpo espiritual da pessoa. Ao mesmo tempo, quando se faz o bem, a gratidão do beneficiado torna-se luz, e esta, através do ele espiritual, é transmitida para o praticante do bem, aumentando-lhe, consequentemente, a luz, em contraposição, pensamentos de vingança, ódio, inveja, etc., transformam-se em máculas, que são transmitidas à outra pessoa pelo elo espiritual, somando-se às práticas que ela já possui. Sendo assim, é importante que o homem pratique o bem, alegre o próximo e dele jamais receba pensamentos como os que mencionamos. (…)

Alicerce do Paraíso – “Aura” – 05/02/1947

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A VONTADE DE DEUS

“É venerável o sentimento de Deus. Ele ama os homens tal como os pais amam os filhos”

Qualquer pessoa tomará por um sonho descabido o objetivo de nossa igreja – construir um mundo sem doenças, sem pobreza e sem conflito, ou seja, o Paraíso Terrestre, que corresponde ao “Advento do Reino dos Céus”, ou à “Vinda do Messias”, da religião judaica. Sakyamuni disse que, depois da sua morte, viria um mundo perfeito. Não afirmou, entretanto, que esse mundo estivesse eminente; ao contrário, disse estar infinitamente longe: 5.670.000.000 de anos.

Todas essas profecias foram de grande utilidade. Se não houve referência a um plano de execução, devemos interpretar que ainda não era chegado o tempo, mas sabemos que a aceitação e a prática dos ensinamentos pregados pelas religiões antigas tornaram-se o alicerce das religiões atuais. Naturalmente, cada religião criou e divulgou seus protótipos, formas e métodos, adaptáveis aos diferentes povos e países. Evidentemente, as religiões foram criadas sob o desígnio de Deus, para serem condicionadas a determinadas épocas, localidades, povos, tradições, costumes, etc. Graças a essa força, a cultura alcançou o deslumbrante progresso que hoje apresenta. Não fossem as religiões, o mundo estaria a mercê de Satanás, ou talvez, destruído.

Ao refletirmos sobre esses assuntos, não podemos deixar de levar em consideração os grandes méritos dos fundadores de religiões. Todavia, embora estas últimas hajam evitado a destruição do mundo, é duvidoso que o seu poder seja eficiente para o mundo atual ou para o futuro. Isto porque a humanidade padece um sofrimento infernal, o que comprova a deficiência das Igrejas, as quais não conseguem conduzir os sofredores ao estado celestial. Só um número restrito de povos participa dos benefícios da civilização moderna. Presentemente, a humanidade carece muito do espírito da paz.

Uma observação sobre o mundo atual fa com que as pessoas prudentes sintam a necessidade do aparecimento de uma grande luz que dissipe as trevas, isto é, o poder salvador de uma Ultra-Religião. Nesse sentido, consciente da responsabilidade que lhe cabe como sendo esta Ultra-Religião, nossa Igreja vem apresentando resultados surpreendentes.

Alicerce do Paraíso – “Ultra-Religião” – 20/07/2015

A VONTADE DE DEUS

“Compreendendo o amor de Deus do fundo do meu coração, tornei-me uma pessoa que desconhece a solidão”

(…) Os males que decorrem da ignorância humana não se restringem às questões de saúde. Todas as desgraças têm o mesmo caráter e destinam-se à purificação do homem. O processo purificador, no entanto, muda seu tipo de ação de acordo com a causa do mal.

Os pecados de furto, peculato, prejuízo ao próximo, luxo excessivo e outros, são redimidos com perda de dinheiro e de bens materiais. O farrista que esbanja a herança familiar está redimindo as máculas de seus pais e de seus antepassados. O espírito de um antepassado escolheu um descendente para que, por seu intermédio, se processe a purificação e a preservação do sangue da família, a fim de que ela venha a progredir no futuro. Nessas circunstâncias, não há conselho que surta efeito. Pode ocorrer o caso de dois irmãos com índoles diferentes: um incorrigível e malvado; o outro é leal e honesto. Aparentemente, o primeiro é mau e desonra o nome da família. Mas, à luz da Verdade, purificando a família e eliminando as máculas dos antepassados, sua missão assume maior importância que a do outro. Por essa razão, é dificílimo definir o Bem e o Mal usando critérios humanos.

Incêndios, roubos, falsidade, perdas na Bolsa, falências comerciais, apostas inúteis, gastos com doenças, etc., são formas materiais de redenção de máculas também adquiridas materialmente. Portanto, embora possa fugir às sanções das leis humanas, ninguém escapa das leis eternas.

O pecado de enganar ou ludibriar os olhos humanos será redimido, consequentemente, pelos males da vista, aquele que se comete através da palavra, provocará doença dos ouvidos ou da língua; torturar a mente do próximo causará dores de cabeça; o uso dos braços apenas para benefício próprio, será fonte de padecimento dos braços. A purificação será de acordo com o Princípio da Concordância.

Também o ingresso na Fé produz sofrimento, e este será tão mais profundo, quanto maior for a dedicação. O motivo é que Deus quer beneficiar a pessoa como recompensa pela sua dedicação, e para isso é necessário eliminar suas máculas espirituais, a fim de ela possa receber as Graças Divinas. Suportando as purificações sem vacilar, a pessoa receberá benefícios inesperados. Entretanto, quem não possui firmeza na fé, vacila nesses momentos decisivos.

Vou lhes falar de minha experiência sobre o assunto.

Durante anos sofri em virtude de dívidas aparentemente insolúveis. Finalmente consegui saldá-las em 1941. Foi um alívio! No ano seguinte, começaram a chegar-me riquezas inesperadas, e assim me surpreendi com a profundidade da Vontade Divina. É habitual ouvirmos comentários como este: “Fulano ficou rico após o incêndio”. Isso nada mais é que uma consequência da purificação. Podemos dizer o mesmo em relação ao incêndio de Atami. Se compararmos a atual cidade com o que ela era antes da catástrofe, veremos que a diferença é surpreendente.

Concluímos que, se os bons acontecimentos são apreciáveis, os maus também nos trazem benefícios, pois são purificadores, e que haverá verdadeora paz sempe que soubermos agradecer, tanto na saúde como na enfermidade. Mas isto se limitaaos que têm fé. Com os descrentes ocorre o contrário: o sofrimento gera o sofrimento, a ansiedade piora a situação, e tudo caminha para o abismo.

O segredo da felicidade humana consiste em aceitar esta verdade.

Alicerce do Paraíso: “Conheça a Vontade Divina” – 02/12/1953