domingo, 8 de dezembro de 2013

FÉ E CONFIANÇA

Existem muitas pessoas que seguem uma religião, mas o homem de verdadeira fé é raro. O fato de alguém se considerar um verdadeiro religioso, nada significa, porque o julgamento está baseado num critério subjetivo. Só é de fato um verdadeiro religioso aquele que assim for reconhecido objetivamente.

É necessário distinguir claramente como age um autêntico homem de fé. Teoricamente é simples: que inspire confiança nos que convivem com ele; que todos confiem nas suas palavras; que, no contato com as pessoas, elas sintam que só lhes advirá o bem, porque ele é uma pessoa excelente.

Obter tal confiança não é difícil. O essencial é não mentir e favorecer primeiramente o próximo, deixando os interesses pessoais relegados a segundo plano. As pessoas devem comentar a respeito desse homem.: “É alguém que me ajudou, que me salvou… É pessoa muito bondosa…  É pessoa muito bondosa… Seria um grande prazer tê-lo como amigo. É uma criatura muito agradável…” Tal indivíduo certamente terá o respeito e a estima de todos, o que é muito compreensível. Nós mesmos, se encontrássemos uma pessoa assim, desejaríamos cultivar sua amizade, confiar-lhe nossos problemas e nos sentiríamos ligados a ela. Essa dedicação, entretanto, não pode ter caráter passageiro. Exemplifiquemos como o arroz: quem se habitua com ele, a cada dia o acha mais saboroso. O homem de verdadeira fé pode ser comparado ao arroz.

No mundo, predominam pessoas que contrariam tudo o que acabamos de dizer: suas ações comprometedoras levam-nas a perder a confiança do próximo, sem que isto as preocupe. Mentem de tal forma, que podem ser desmascaradas a qualquer momento. Embora possuam boas qualidades, suscitam desconfiança e se desvalorizam aos olhos dos outros.

Mentir é uma grande tolice; basta uma pequena mentira para se ficar desacreditado. Se investigarmos por que certas pessoas não melhoram de situação, embora sejam esforçadas e assíduas no trabalho, veremos que elas não merecem crédito, devido às suas mentiras.

A confiança é realmente um tesouro. Quem a merece jamais passará por dificuldades monetárias, pois todos sentirão prazer em lhe fazer empréstimos. Estou me referindo à confiança entre os homens; mas obter a confiança de Deus é algo de valor inestimável. Se a conseguirmos, tudo correrá bem e teremos uma vida repleta de alegrias.

18/06/1949 – Alicerce do Paraíso – Volume 4

domingo, 24 de novembro de 2013

RELIGIÃO PRAGMÁTICA

O pragmatismo, doutrina sustentada inicialmente por Charles Sanders Peirce, famoso filósofo americano (1839-1914), chegou a ser uma filosofia de âmbito mundial, propagada por William James, que hoje é considerado seu criador. Dizem que pragmatismo significa utilidade prática> creio, entretanto, ser mais adequado aplicar o temo “ativismo”.

Acho desnecessário falar muito a respeito, porque se trata de uma teoria conhecida por todos aqueles que se interessam pela filosofia. O que desejo falar agora, é sobre pragmatismo religioso. Já me referi uma vez a esse tema, mas torno a abordá-lo, para melhor compreensão.

Quando falamos em ativismo religioso, temos a impressão que todas as religiões estejam praticando ações baseadas na fé. Todos conhecem propagandas por escrito, sermões verbais, orações, cultos, rituais religiosos, ascetismos e mortificações; infelizmente, porém, as religiões ainda não atingiram a vida prática. Em verdade, não passam de cultura mental.

O pragmatismo filosófico introduz a filosofia na vida prática, acentuando, neste ponto, o caráter americano. Pretendo fazer o mesmo, com uma diferença: fundir a religião e a vida prática, tornando-as íntima e inseparáveis. Deixemos, pois de ostentar virtudes, de isolar-nos, de ser teóricos como foram até hoje os religiosos, e sejamos iguais às pessoas comuns. Para tanto, é preciso que eliminemos toda afetação religiosa e procedamos sempre de acordo com o senso comum, a ponto de tornar a fé imperceptível aos outros. Isso vem a ser a apropriação completa da fé.

Com essa explicação, creio que puderam entender o que vem a ser ativismo religioso.

Alicerce do Paraíso, volume 4, 30/maio/1951

PRAGMATISMO

Na mocidade, apreciei muito a filosofia. Entre as inúmeras teorias filosóficas, a que me mais me atraiu foi o pragmatismo, do famoso norte-americano William James (1842-1910).

James achava que a exposição meramente teórica da filosofia constitui apenas uma espécie de distração: para ele, a filosofia só era válida se fosse colocada em ação. Acho interessante sua teoria, cujo realismo autêntico é característico dos filósofos americanos. Aderi, portanto, às suas ideias e me esforcei por adotá-las em meu trabalho e na vida cotidiana.

O benefício que o pragmatismo me proporcionou naquela época, não foi pequeno. Mais tarde, quando iniciei meus trabalhos religiosos, julguei necessário aplicá-lo à religião. Isto significa ampliar o campo religioso de modo que abranja  a vida em geral. Então, o político não cometeria injustiças, porque, visando à felicidade do povo, promoveria uma administração, granjeando, assim, a confiança de todos. O industrial obteria a admiração da coletividade, pois exerceria a profissão honestamente; seus negócios progrediriam com segurança, porque ele mereceria a estima de seus empregados que seriam fiéis no trabalho. O educador seria respeitado e teria notável influência sobre seus discípulos, educando-os com base sólidas. Os funcionários e os assalariados em geral subiriam de posição, porque a fé produz bom trabalho. A alma do artista irradiaria de suas obras, com grande elevação e força espiritual, exercendo influência benéfica sobre o povo. O ator, no palco, manifestaria nobreza, porque suas representações seriam baseadas na fé, e os espectadores receberiam o reflexo de seus sentimentos elevados. Entretanto, isso não significa que as coisas se processassem com rigidez didática: tudo deveria ser agradável e atraente.

É fácil imaginar como melhoraria o destino dos indivíduos e como eles se tornariam úteis à sociedade, se seus atos fossem iluminados pela fé, qualquer que fosse sua profissão ou situação.

Haveria, certamente, um cuidado especial: o pragmatismo religioso não deveria transformar-se em fanatismo, pois todo exagero é desagradável. A ostentação religiosa é uma das piores que há. Existem muitas criaturas que exibem atitudes de religiosidade. Isso aborrece os outros O ideal é ser natural, ser uma pessoa simples, pondo apenas mais gentileza e nobreza nos atos. Em uma frase: ser polido, eliminando a fé grosseira. Alguns devotos têm atitudes que lembram as dos psicopatas. São extremamente subjetivos, fazem do lar um ambiente triste, importunam os vizinhos e suscitam desconfiança sobre a religião que seguem. A culpa, no entanto, é de quem orienta; por isso, o ato de orientar requer muita prudência.

Alicerce do Paraíso, volume 4 , 25/janeiro/1949

domingo, 20 de outubro de 2013

“Que alegria! Meu espírito enfermo se restabeleceu! Como retribuir essa benção de Deus?”

(…) Contudo, em desta confusão, repentinamente surgiu a Igreja Messiânica Mundial, que, com muita coragem pretende alertar todos os setores da cultura tradicional, apontar um por um de seus erros e mostrar como deve ser a verdadeira civilização. Como essa grande força de atuação já está sendo manifestada continuamente, podemos afirmar, sem nenhuma parcialidade, que ela é o assombro do século XX. Tal afirmação fundamenta-se naquilo que sempre digo: o mundo, até agora, estava na Era da Noite, iluminado unicamente pela  fraca luz da Lua, mas surgiu a luz do Sol, e todas as coisas desnecessárias e prejudiciais que estavam encobertas começaram a aparecer abertamente. Eis o significado da expressão “Luz do Oriente”, usada pelos antigos. Atualmente, estamos atravessando a fase da aurora; com o passar do tempo, o Sol se levantará até o centro do Céu e iluminará o mundo inteiro. Por esse motivo, as teorias que venho divulgando, desconhecidas por todos até o momento, causam espanto e até muitos mal-entendidos.

Como o mundo este  durante longo tempo na Era da Noite, não é de se admirar que os olhos tenham se acostumado à escuridão e fiquem ofuscados ante a repentina revelação da Cultura do Dia. Existe, no entanto, um problema: uma vez chegado o Mundo do Dia, Deus aproveitará da Cultura da Noite apenas as coisas úteis, não havendo outro recurso senão eliminar as inúteis. Além do mais, sendo a luz do Sol sessenta vezes mais clara do que o luar, até as doenças não identificadas ou consideradas incuráveis serão facilmente solucionadas. Os fatos reais evidenciados diariamente através do Johrei de nossa Igreja mostram isso muito nitidamente. Falando com mais clareza, assim que a Lua perde seu brilho ante o esplendor do Sol, também a civilização sofrerá uma grande transformação.

Com o que acabo de dizer, creio que poderão entender a grandiosidade dos empreendimentos da Igreja Messiânica Mundial.

Alicerce do Paraíso, “O que é uma religião nova?”  - 08/abri/1953

quinta-feira, 20 de junho de 2013

MEDICINA ESPIRITUAL

Mostrei, sob diversos ângulos, que a Era do Dia é o mundo em que o espírito precede a matéria. Aplicando isso ao corpo humano, as toxinas – causa de todas as doenças – são matérias estranhas acumuladas no corpo. Mas, nesse caso, como se encontra o espírito da pessoa? Nos locais do corpo espiritual correspondentes aos pontos onde se encontram as toxinas, estão as máculas. Quando se procura anular as toxinas promovendo apenas a sua eliminação do corpo, isso terá um efeito temporário; com o passar do tempo, elas surgirão novamente, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria. Assim, para eliminá-las radicalmente, devemos eliminar as máculas do corpo espiritual.

Como todos os métodos utilizados até agora basearam-se unicamente na eliminação das toxinas ou então na sua solidificação, tomando apenas o corpo como objeto do tratamento, é óbvio que eles propiciassem uma cura passageira, mas jamais a cura radical, o que está bem caracterizado pelo uso da palavra recaída. Conforme já explanei, os métodos empregados pela Medicina são dois: a solidificação e a remoção cirúrgica. Entre as formas populares de tratamento existe a solidificação por meio de banhos de luz ou eletricidade e a queima através da moxa, método este que consiste em queimar determinados pontos para concentrar neles o pus e eliminá-lo. O nosso JOHREI, todavia, fundamenta-se na eliminação das máculas do corpo espiritual. O método consiste em irradiar, pela palma da mão, uma espécie de ondas espirituais, que têm como agente principal o elemento fogo. Por ora, vou chamar essas ondas de raios misteriosos. Todas a pessoas os possuem em determinada quantidade, ou melhor, esses raios existem em número ilimitado no espaço aéreo acima do Planeta, isto é, no Mundo Espiritual. Mas por que será que ninguém descobriu antes esse método que consiste na eliminação das máculas através das ondas espirituais? Foi porque, conforme já dissemos, era noite no mundo, ou seja, o mundo estava às escuras. Como luz, existia apenas uma claridade semelhante à da Lua, e por isso era impossível obter-se a força para curar as doenças, ou seja, raios misteriosos em quantidade suficiente para apagar as máculas. Não é que eles fossem totalmente nulos, tanto assim que alguns religiosos e ascetas procediam ao tratamento das doenças e até certo ponto tinham êxito. Como é do conhecimento de todos, os fundadores de algumas religiões ganharam considerável fama. Acontece, porém, que o principal componente da luz da Lua é o elemento água, e por essa razão a força para curar as doenças limitava-se a algumas espécies ou a efeitos temporários. Com base no elemento água, essa luz é de natureza fria, e por isso sua aplicação torna-se um tratamento solidificador. No JOHREI, entretanto, o principal agente é o elemento fogo, capaz de queimar qualquer mácula; por conseguinte, ele apresenta efeitos extraordinários. O principal motivo que me levou a descobri-lo foi o conhecimento sobre a Transição da Era da Noite para a Era do Dia e o conseqüente aumento de partículas do elemento fogo, que, concentrando-os no corpo produz-se uma poderosa luz purificadora. Irradiando-a, então, no local afetado, há um efeito extraordinário.

Meishu-Sama em 23 de outubro de 1943 

 
Extraido do Livro Alicerce do Paraíso volume 1

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

“Quem se orgulha de negar a existência de Deus, é como se estivesse negando sua própria existência futura.”

(…) Analisando a Natureza sob o aspecto da vida humana e do ambiente que a rodeia, subsiste um enigma que sobrepuja todos os outros: “Quem construiu este mundo maravilhoso e o governa à sua vontade?” Ninguém poderá deixar de refletir sobre o seu Criador, nem sobre o propósito com o qual foi construído um mundo tão esplendoroso. Procuremos imaginar esse Criador.

Um lar é governado pelo chefe de família; um país, pelo rei ou presidente. Logicamente, este mundo deve ser dirigido por alguém. E quem poderia ser senão o Ente conhecido como Deus? Não encontro outra conclusão. Por conseguinte, negar Deus significa negar o mundo em si mesmo. Tal lógica não permite dúvidas; se alguma pessoa duvidar, coloca-se num plano de obstinado preconceito. Nesse caso, assemelha-se aos irracionais é desprovida de inteligência.

Nossa missão é extirpar do homem essa irracionalidade transformando-o em verdadeiro ser pensante, numa verdadeira obra da reforma humana. Até mesmo o ateu deve convir que a grandiosidade do Universo e a perfeição cósmica só podem partir de um princípio perfeito: DEUS!

Alicerce do Paraíso, “A respeito do ateísmo” (06/01/1954)