domingo, 15 de abril de 2012

FUI SALVO

“Sinto-me profundamente grato! Depois de me ver curado de uma doença com sério risco de vida, passei a viver sob as bênçãos de Deus.”

minha casa_thumb[1]Hoje em dia, a crítica mais frequente em relação à nossa Igreja é que, tratando-se de uma entidade religiosa, não deveria empenhar-se na cura de doenças. Entretanto, se pensarmos bem, concluiremos que não há nada tão sem sentido como essa observação. Ela provém do pensamento limitado dos críticos, segundo os quais a Religião deve ocupar-se apenas da salvação do espírito, não lhe cabendo a salvação da matéria. Para eles, a cura de doenças é uma questão material, e por isso acham que ela não compete à Religião. Excluem das atribuições religiosas a salvação material, limitando a essência da Religião à parte espiritual. Logicamente, de acordo com o conceito dos críticos, a salvação espiritual, em síntese, consiste na renúncia. Não tendo o Poder da Salvação para eliminar o sofrimento e não encontrando outro recurso, as religiões, pelo menos, tentam diminuí-lo espiritualmente, através da renúncia. Essa é a maneira como muitas pessoas têm encarado a Religião até agora.

Não obstante, se a Religião excluir a matéria e preocupar-se unicamente com a salvação do espírito, ela não estará promovendo a verdadeira salvação, pois a crença na possibilidade da solução dos problemas materiais é que nos permitirá obter a verdadeira tranquilidade espiritual. quando sentimos fome, por exemplo, só podemos ficar tranquilos se tivermos certeza de que alguém nos trará comida; se soubermos que ninguém o fará, é natural que fiquemos desesperados, temendo morrer de inanição. O mesmo acontece em relação à doença, dificuldade financeira e outros problemas. Só pelo reconhecimento de que tudo será solucionado através da Fé teremos tranquilidade absoluta. Dessa forma, a salvação das duas partes – a material e a espiritual – é que nos fará sentir-nos salvos, alcançando o estado de verdadeira paz e segurança.

A base da salvação material e espiritual – aquela que é a mais perfeita – consiste, portanto, unicamente, em eliminar a doença, tornando as pessoas sadias. Por maior que seja a nossa fortuna ou a quantidade e variedade dos mais saborosos alimentos, provenientes do mar e da terra, em nossas refeições, por maiores honrarias e por mais elevada posição social que tenhamos, isso de nada adiantará, se estivermos sofrendo com doenças. A primeira condição para salvação da humanidade é, antes de mais nada, alcançar a saúde. Por esse motivo, a meta de nossa religião é formar indivíduos e sociedades saudáveis.

Alicerce do Paraíso, “O que é a verdadeira salvação” – 24/dezembro/1949

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