terça-feira, 10 de abril de 2012

“A verdadeira Educação é aquela que ensina o princípio de que o Bem leva o homem à felicidade, e o Mal leva-o à desgraça.”

(…) Quanto à Educação, também está muito distante o verdadeiro caminho. Seu real objetivo é tornar homens íntegros que façam da justiça o seu código de Fé e se esforcem para aumentar o bem-estar social, contribuindo para o progresso e a elevação da cultura. Na situação atual, porém, até mesmo os que se formam nas melhores escolas superiores praticam crimes e outras ações que prejudicam a sociedade. Urge fazer algo para modificar essas condições.

O maior erro da Educação é ser totalmente materialista. Estamos cansados de dizer que, se ela não evoluir juntamente com o espiritualismo, não lhe será possível nem mesmo sonhar em atingir seu verdadeiro objetivo. Entretanto, como esse erro vem de longa data, estamos conscientes de que enfrentaremos muitas dificuldades se tentarmos eliminá-lo bruscamente.

O ideal espiritualista é fazer reconhecer a existência do espírito, o que significa fazer reconhecer a existência de Deus. Sem isso, o espiritualismo não teria fundamento. Naturalmente, a Religião encarregou-se disso até hoje, mas não obteve resultado visível, porque não havia uma religião com força suficiente para tanto. Nasceu, então, a nossa Igreja, dotada de força para fazer com que todos reconheçam o espiritualismo e com que a Religião e a Ciência caminhem lado a lado. Dessa forma, nascerá um mundo de eterna paz, onde todos poderão viver uma vida celestial. Se o progresso da cultura, por maior que ele seja, não promove, paralelamente, o aumento da felicidade, a culpa cabe ao próprio homem, que ficou preso apenas à cultura material. A humanidade precisa perceber isso o quanto antes.

No que concerne à Política, a situação também é calamitosa. Tomarei por base exclusivamente a política japonesa, que, mesmo sob domínio estrangeiro, é assaz medíocre ainda. Sendo ela materialista, seu conteúdo torna-se mais medíocre ainda. Podemos afirmar que não existem muitos políticos de visão ampla e que a maioria se restringe  às tarefas do dia-a-dia. Isso acontece porque seus espíritos estão maculados, de modo que, embora sejam políticos, eles não conseguirão, de maneira alguma, manter um desempenho desejável se não tiverem por base a Fé. Como as religiões tradicionais não têm força suficiente para modificá-los, a única solução é o aparecimento de uma religião nova e poderosa.

Alicerce do Paraíso, “Religião, Educação e Política” – 27/agosto/1949

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