quinta-feira, 15 de março de 2012

“Makoto é o que mais desejo para este país”

Praticar o makoto é fazer o bem ao próximo, deixando a si mesmo em segundo plano. Ou seja, é o pensamento altruísta. É a prática do bem em prol da Humanidade e da sociedade.

Makoto é o contrário de falsidade. É a Verdade. Entretanto, a pessoa não pode simplesmente ser sincera. É preciso que ela use a inteligência e se baseie no senso comum.

Fazer o bem objetivando o seu próprio país ou sua classe social, parece ser uma boa ação, mas não é makoto, pois é uma ação limitada.

É necessário avaliar o makoto tendo como base o amor à Humanidade.

Revista Tijô-Tengoku no 4 (25/maio/1949)

GRATIDÃO 3“Nada é tão precioso quanto o makoto, o qual tem o poder de penetrar até mesmo numa grande rocha de ferro.”

Só o makoto é capaz de resolver os problemas dos indíviduos, do país e do mundo. A deficiência política resulta da falta de makoto. A pobreza material e a corrupção moral também tem a mesma origem. Enfim, todos os problemas são gerados pela falta de makoto. Religião, Educação e Arte que não se alicerçam no makoto, passam a representar meras formas sem conteúdo.

Homens, a chave de todos os problemas está no makoto. Alicerce do Paraíso, “Sinceridade” (25/janeiro/1949)

“Makoto é um tesouro inestimável que se acumula no coração das pessoas que não são falsas, que não mentem.”

Talvez não exista nenhuma palavra que soe tão agradavelmente quanto “simpatia”. Pensando bem, a simpatia é muito mais importante do que imaginamos, pois tem muita relação não só com o destino do indivíduo, mas também com a sociedade. Se alguém se tornasse simpático graças ao relacionamento com uma pessoa simpática e isso fosse se propagando continuamente, é óbvio que a sociedade se tornaria bastante agradável. Por conseguinte, diminuiriam os problemas, principalmente o conflito e o crime; espiritualmente, criar-se-ia o Paraíso. Não existe meio melhor do que esse, pois não requer dinheiro, não é trabalhoso e pode ser posto em prática imediatamente.

Falando, parece muito simples, mas todos sabem que, na realidade, não é tão fácil assim, pois não basta que a simpatia seja apenas aparente. A verdadeira simpatia aflora do interior; é indispensável, portanto, que a pessoa tenha makoto, o que depende de cada um. Em suma, a base da simpatia é o espírito de Amor ao Próximo.

Vou contar um pouco de minha experiência a esse respeito.

É engraçado que mesmo falar destas coisas, mas desde pequeno, onde quer que eu fosse, quase nunca era malquisto ou antipatizado. Pelo contrário, era respeitado e amado na maioria das vezes. Então, pensando bem, concluí que tenho uma característica que me parece ser o motivo disso: sempre deixo meus interesses e minha própria satisfação em segundo plano; procuro fazer, em primeiro lugar, aquilo que satisfaz aos outros, aquilo que os deixa felizes. Ajo assim não por razões morais ou religiosas, mas naturalmente. Talvez seja da minha própria natureza. Em outras palavras, é até uma espécie de “hobby” para mim. Por essa razão, muitos dizem que tenho uma natureza privilegiada, e é possível que tenha mesmo.

Depois que me tornei religioso, esse sentimento aumentou ainda mais. Quando vejo uma pessoa sofrendo por doença, não consigo ficar tranquilo; tenho vontade de curá-la a qualquer custo. Então, ministro-lhe Johrei, e ela fica curada e feliz. Ao ver sua alegria, esta se reflete em mim e eu me sinto feliz também. Por esse motivo, criei inúmeros problemas no passado e sofri muito. Mesmo quando achava que nada poderia fazer por uma pessoa e que deveria parar de dar-lhe assistência, a pedido insistente e até suplicas da própria pessoa e de sua família, eu cedia e continuava indo visitá-la, ainda que fosse longe. Gastava tempo e dinheiro, e, no final, o resultado era ruim, desapontando os falmiliares do doente. Muitas vezes, cheguei a ser odiado. Toda vez que isso acontecia, eu me censurava, achando que deveria tornar-me mais frio.

Como essa minha característica também foi de muita ajuda para a construção do protótipo do Paraíso Terrestre e do Museu de Belas-Artes, creio que ela me tenha sido atribuída por Deus. Quando vejo uma magnífica obra de arte ou uma paisagem maravilhosa, não sinto vontade de apreciá-la sozinho e até fico melindrado; nasce em mim o desejo de mostrá-las a um grande número de pessoas, para alegrá-las. Dessa forma, minha maior satisfação é alegrar o próximo, o que me faz ficar alegre também.

Alicerce do Paraíso, “Pessoa Simpática” – (21/abril/1954)

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